Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 122

Ao ouvir as palavras de Luciana, o rosto de Patrícia ficou ainda mais agitado.

Seus traços bonitos ganharam uma expressão feroz e ela falou com severidade:

- Claro que ele é inocente. E o meu filho que morreu? Ele não era inocente? Quem deveria ter morrido era ele!

Patrícia segurou o peito dolorido, com uma expressão extrema:

- Se ele não estivesse neste mundo, meu filho ainda estaria vivo.

- Você enlouqueceu. Como pode ter pensamentos tão extremos? Paty, me ouça bem. Apesar de eu parecer descontraída, eu realmente acredito no destino. Cada pessoa que vem a este mundo tem um destino. Seu bebê apenas retornou ao céu como um anjo mais cedo. Olhe para cima, talvez ele esteja olhando para você, Paty. Ele quer que você viva bem, não gostaria que você fizesse algo para se arrepender pelo resto da vida. Pense na sua dor, você, que é tão bondosa, certamente não deseja que os outros passassem por isso também.

Patrícia virou-se para encará-la com olhos penetrantes, e disse palavra por palavra:

- Você sabe como passei este ano? Por que, quando minha família estava despedaçada, a Mariana podia ter uma família feliz? Por que o Teófilo podia fazer o que quisesse? Eu, sinceramente, quero que eles experimentem mil vezes a dor que passei.

- Paty. - Luciana a observava preocupada.

Patrícia de repente sorriu:

- Não me olhe assim. Não farei nada antes do meu pai acordar.

- Paty, sei que quem não sofre não compreende o sofrimento dos outros. Só peço que você viva em paz. Você tem que se acalmar.

- Fique tranquila, agora estou mais calma do que nunca.

Luciana estava extremamente preocupada, sem saber o que se passava na mente de Patrícia.

Ela ouviu Patrícia cantarolando quando saiu, cantarolando uma canção de ninar.

Lembrava-se de quando estava grávida, comprou muitos brinquedos para crianças e baixou muitas canções de ninar.

- Ele não pode escapar, persigam.

Teófilo emergiu todo molhado do rio, chegando silenciosamente na margem, segurando a mão ferida.

Ele ainda segurava firmemente uma caixa quadrada.

Sob a máscara, seu rosto expressava um certo contentamento, sussurrando:

- Hélio, você está vendo? Eu trouxe de volta para você.

A neve fria caía lentamente do céu, enquanto Teófilo cuidadosamente guardava a caixa.

Ele acariciava repetidamente a caixa que trocou pela vida de Hélio, murmurando suavemente:

- Pode ficar tranquilo, vou cuidar bem de sua esposa e filha.