Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 129

- Como você me chama? - Juliana olhou incrédula para Patrícia.

- Sra. Freitas esqueceu, não é? Você e meu pai se divorciaram há mais de uma década, agora seu marido é o Sr. Freitas, então, chamar a senhora de Sra. Freitas está errado? - Patrícia nunca foi tão fria antes, mesmo quando se encontraram após o seu retorno ao país, Patrícia foi mais tranquila.

Em um curto espaço de tempo, ela se transformou em uma lâmina afiada.

- Paty, você mudou, como pode dizer algo assim? No final, eu ainda sou sua mãe.

- Eu mudei, só agora percebi como as pessoas podem ser más, como a natureza humana é feia e egoísta. Se eu tivesse entendido essa verdade mais cedo, não teria passado mais de uma década esperando por uma mãe que nunca voltaria.

- Paty, a mãe sabe que errou com você. Agora que eu estou de volta, farei o possível para compensar.

Patrícia olhou para o rosto diante dela, na verdade, ela não conseguia se lembrar muito bem de como Juliana era quando ela era criança.

Comparado às fotos, havia marcas do tempo em seu rosto, mas sua aparência não havia mudado muito.

No entanto, a sensação da mãe em suas memórias era completamente diferente.

- Quando vocês decidiram me abandonar, me deixaram sozinha. Agora, dizem que querem me compensar. Sra, Freitas, você já pensou que eu simplesmente não preciso da sua compensação? Quando eu mais precisava de carinho, você não estava lá. Agora que eu já superei, você quer me dar dez, cem vezes mais amor. Nada disso aquecerá um coração que foi frio por tanto tempo por sua causa.

- Paty...

- Sra. Freitas, sua filha está ali, não sou eu.

Neste mundo, há aqueles que não nascem para o amor e Juliana era exatamente uma delas.

Ela não amava João, então, quando Pedro a levou embora, ela pôde abandonar tudo.

Durante todos esses anos, não houve notícias, nem uma ligação, nem uma palavra de preocupação.

Agora, muita água passou por debaixo da ponte, ela lembrou que ainda tinha uma filha e queria oferecer o que ela chamava de compensação.

Patrícia já não estava interessada.

Patrícia observou o grande salão, repleto de vozes animadas e agitação.

Apenas para ser admirada de longe, não para ser violada.

Como se sentisse o olhar dele, Patrícia balançou o copo de vinho e sorriu para ele.

- Você é... a Srta. Patrícia, certo? - Uma voz límpida soou ao seu ouvido.

Patrícia desviou o olhar de Teófilo para a pessoa ao lado.

Era um jovem nobre, quase da mesma idade que ela, vestindo um elegante terno branco que lhe conferia a aparência de um príncipe mimado.

Talvez ele não fosse o mais imponente, mas certamente era o mais bonito e refinado.

- Quem é você?

Ao ver Patrícia olhando para ele, o jovem ficou um pouco nervoso e explicou apressadamente:

- Eu sou Daniel Fernandes, nos conhecemos quando éramos crianças. Você me encurralou em uma árvore com o seu gato e eu não ousava descer.