Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 133

Os braços de jovem não têm a robustez de um homem maduro, parecendo um tanto frágeis. Pensando na possessividade obsessiva de Teófilo, Patrícia se distanciou de Daniel, assim que se estabilizou.

- Obrigada, está um pouco frio lá fora, vamos entrar.

Patrícia entrou no restaurante, mas Teófilo já não estava mais onde ele estava.

Assim que ela se sentou, Daniel se afastou para buscar comida para ela, e foi nesse momento que Joaquim entrou e ela concordou em se juntar a ele.

Joaquim, segurando um copo de vinho, se sentou na frente dela, parecia uma conversa casual entre colegas.

Patrícia baixou a voz e perguntou:

- Joaquim, você encontrou alguma coisa?

- Sim, antes de embarcarmos, me enviaram essas informações. Ainda não tive a chance de te contar, mas confirma nossas suspeitas. Alguém substituiu seu relatório médico. Embora ele tenha mantido a cabeça baixa o tempo todo, conseguiram tirar algumas fotos. Veja se reconhece. Joaquim enviou a Patrícia as fotos ampliadas e reparadas.

Embora as bordas ainda estivessem um pouco embaçadas, ela conseguiu distinguir os contornos.

- Este homem...

- Você o reconhece?

Era um rosto desconhecido, ela não o conhecia.

No entanto, sua memória sempre foi excelente e ela sabia que tinha visto aquele homem antes.

Mas onde?

- O que foi? Você se lembrou de algo? - Joaquim perguntou baixinho.

Um lampejo de luz atravessou a mente dela, o Hospital Psiquiátrico Sanatório Santa Clara.

No dia em que ela visitou Joana, quando Joana teve um surto e alguns seguranças a deteram, aquele homem que a tranquilizou e a medicou. Ele era a mesma pessoa!

- Eu... - Patrícia estava prestes a dizer, mas temeu que alguém pudesse ouvi-la e engoliu as palavras.

- Joaquim, você me ajudou muito desta vez. Pode investigar mais para mim? Suspeito que alguém esteja me observando.

Qualquer movimento dela agora poderia alertar os suspeitos, mas Joaquim não levantaria suspeitas. Joaquim era um especialista em entender as pessoas e entendeu a situação de imediato.

Ela sentiu um arrepio na espinha ao pensar que alguém estava planejando tudo há dois anos.

Ao pensar no rosto inocente de Joana e na notícia de sua morte por suicídio, o coração de Patrícia apertou.

Talvez, por causa dela Joana tinha morrido.

Patrícia apertou seu celular com firmeza, seus olhos estavam com determinação.

Por João, por Joana e por si mesma, ela certamente descobriria a verdade

Ela enviou a Joaquim informações sobre Joana, Dr. Miguel e Hospital Psiquiátrico Sanatório Santa Clara, pedindo que ele investigasse em segredo.

Uma nova mensagem chegou no seu celular, era Daniel que ela havia adicionado nos últimos minutos. Ela nem mesmo tinha salvado o nome dele nos contatos.

A imagem de perfil de Daniel era um gato branco, era Branquinha, embora ele tivesse vários gatos brancos.

Patrícia abriu a mensagem: “Paty, estou me sentindo mal.”