Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 185

Ninguém conhecia os gostos de Teófilo melhor do que ela. Agradá-lo não era difícil, o verdadeiro desafio era se ele lhe daria a chance.

Como nos tempos passados, ela preparou o jantar inúmeras vezes, esperando por ele repetidamente, até altas horas da noite, mas ele nunca apareceu.

Quando Teófilo se tornava insensível, nada do que ela dizia ou fazia conseguia trazê-lo de volta.

A ligação era um teste para ela, e pelo visto, ele não estava mais insensível como antes.

Com o jantar pronto, Patrícia pegou um carro e seguiu em direção à empresa dele.

Carregando a refeição, Patrícia refletia com seriedade. A pessoa por trás das cortinas conhecia todos os seus segredos, o que sugeria que essa pessoa estava muito próxima de Teófilo.

Mas quem poderia ser?

Lucas e Gabriel claramente não se encaixavam na descrição, e Maria não era do tipo que guardaria segredos. Seria alguém da empresa dele?

Antes de se divorciarem, Patrícia nunca havia visitado a empresa. Naquela época, ela acreditava que ele a protegeria bem o suficiente. Agora percebia que era uma piada.

O noivado dele com Mariana era de conhecimento público, cobrindo todas as manchetes de notícias.

Mas sua posição ainda não havia mudado muito, ela ainda estava nas sombras no passado ou presente.

Patrícia pegou o elevador exclusivo do CEO e subiu até o último andar. Aquela hora, a maioria dos funcionários já havia ido embora, exceto pela secretária dele, que permanecia trabalhando.

Patrícia parou e hesitou à porta.

Ele tinha seis secretários, quatro homens e duas mulheres, então era difícil ter certeza de quem ela estava procurando.

Ao entrar, Patrícia se deparou com uma mulher em um canto da sala, que ajustou os óculos. O reflexo das lentes impediu Patrícia de ver os olhos dela claramente, e isso a deixou desconfortável.

- Senhora, o escritório do CEO está à frente. - Gabriel disse, convidando-a a entrar.

Todos na sala estavam ocupados com suas tarefas e Patrícia não podia ver muito. Para evitar chamar a atenção, ela saiu com pressa.

- Toc-toc.

O olhar de todos estava cheio de curiosidade, mas ninguém se atreveu a comentar.

Patrícia olhou para o homem que estava ocupado escrevendo, pensando ironicamente que só tinha começado a visitar seu escritório depois do divórcio.

Ele parecia absorto em seu trabalho, sem sequer reconhecê-la. Ela colocou a caixa de comida pronta ao lado de forma organizada.

A noite já havia caído, e, ao longe, a cidade acendia suas inúmeras luzes, cintilando como estrelas.

O rosto bonito de Teófilo parecia ainda mais frio sob a luz, sua mandíbula estava tensa. Ele nem mesmo a olhou, e a atmosfera na sala parecia congelada.

Patrícia não conseguia entender muito bem seus pensamentos, considerando que, mesmo depois de tê-la insultado de manhã, ele não ousaria machucá-la agora.

Ela deu passos em direção a Teófilo com coragem, quanto mais se aproximava, mais podia sentir a intensa aura que ele emitia.

Mesmo que ele não tivesse dito uma palavra, seu domínio ainda estava presente.

Patrícia se aproximou por trás dele e pretendia dizer algumas palavras gentis com paciência, mas quando viu a parte de trás de sua cabeça, instintivamente encontrou o cinzeiro ao lado.