Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 198

No interior do armário, a luz era fraca, e Patrícia estava a tremer de medo. Ela lamentou ter vindo, pois agora estava apavorada.

Enquanto ela tremia intensamente, um riso baixo e familiar surgiu das trevas do armário.

Por que aquele riso parecia tão familiar para Patrícia?

Patrícia decidiu abrir uma lâmpada e a luz verde suave iluminou um rosto pálido. Antes que ela pudesse gritar, uma voz familiar ressoou:

- Sou eu.

Patrícia ficou atônita, engolindo em seco e chamou pelo nome dele com cuidado:

- Marcos?

- Sim. - O homem respondeu com um toque de sorriso na voz, normalmente sério.

- Peço desculpas por nos encontrarmos desta maneira. Eu não sabia que você ficaria tão assustada.

Na verdade, ele não tinha a intenção de assustar Patrícia e ele só estava disfarçado assim para evitar seus guarda-costas.

No entanto, assim que se encontraram, Patrícia o agarrou e fugiu.

Patrícia acalmou o coração e comentou:

- Assustar pessoas pode ser perigoso.

Marcos nunca tinha visto Patrícia tão assustada, mesmo quando a conheceu pela primeira vez com uma faca em seu pescoço.

- Bem, voltando ao assunto, tenho informações sobre a pessoa que você me pediu para investigar. - Marcos não brincou mais e contou-a o que ele tinha verificado.

- O que você descobriu?

- O tal Michael, sobre quem você perguntou, não esteve fora do país recentemente. Ele viaja ao exterior ocasionalmente, mas apenas a trabalho.

Isso confirmou as suspeitas de Patrícia de que algo estava errado com Michael. Parecia que alguém estava armando peças nos bastidores, tanto em relação a Teófilo quanto a ela.

- Diga.

- Encontre um bom asilo para meu pai. O lugar onde ele está atualmente não é seguro. A qualquer momento, ele pode se tornar uma peça descartável. Quero que ele seja levado embora discretamente, sem chamar a atenção. Tenho que confiar em você, já que sei que há olhos e ouvidos daquela pessoa ao meu redor.

Patrícia não se sentia à vontade em pedir tantos favores a Marcos, que não era um amigo íntimo.

- No momento, só tenho cinco milhões, e não poderei levá-los comigo quando morrer. Aquele dinheiro será a sua recompensa por me ajudar. - Ela acrescentou.

Marcos a encarou, havia um toque de desdém em seus olhos.

- Nosso acordo é a ilha. Você cumprir sua palavra é o suficiente.

- Talvez você possa me ajudar com mais uma coisa. - Patrícia assentiu.

- Sim?

- Me leve para longe daqui. Eu quero investigar Joana. Aquela garota tinha muitos segredos.