Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 247

Mariana já havia aperfeiçoado a arte de ler entre as linhas e percebeu claramente a insatisfação de Teófilo.

- Entendi agora, não estava muito claro para mim antes.

Teófilo não estava disposto a explicar.

- Maia, você pode começar.

- Claro, Sr. Teófilo.

A faxineira começou o trabalho, enquanto Mariana a observava, convencida de que não havia qualquer ligação entre ela e Teófilo, dada a diferença de idade. Então, ela mexeu em seu celular.

Ao mesmo tempo, Patrícia amaldiçoava Teófilo em seu coração.

Deixar Mariana ficar no escritório já era ruim, mas agora ele estava deixando a faxineira limpar? Era como se ele quisesse entrar em apuros.

Mas por que a faxineira estava fazendo isso agora, Patrícia achou estranho.

Ela queria observar mais de perto a faxineira, mas ela estava de costas e só podia ver seu corpo magro que em grande parte estava coberto por um chapéu de sol. Por que ela usaria um chapéu de sol no escritório?

O tempo passava, Patrícia começou a se preocupar em quando a faxineira terminasse a limpeza dos vidros e se aproximasse da estante.

E se ela a visse? Originalmente, sua visita era apenas para relatar seu trabalho, ela não tinha explicação se fosse pega.

Patrícia ficou com dor de cabeça, pegou o celular para enviar uma mensagem para Teófilo, e percebeu que ela já o havia bloqueado no WhatsApp. Ela então tentou enviar uma mensagem de texto para ele.

O celular na mesa estava vibrando. Teófilo, como se já estivesse esperando, nem sequer olhou para cima.

Isso foi intencional! Patrícia tinha certeza.

Mesmo depois de enviar uma dúzia de mensagens, Teófilo não reagiu.

Ela teve que ligar para ele, mas Teófilo apenas lançou um olhar e baixou os olhos.

Caramba!

Patrícia estava tão irritada que quase pulava de raiva. Ele estava agindo como se nada estivesse acontecendo.

Até Mariana percebeu que algo estava errado e olhou para ele.

- Teófilo, o seu celular está tocando.

Teófilo silenciou o celular e respondeu:

- Apenas uma chamada irritante.

- É mesmo? As pessoas têm uma cara de pau hoje em dia, não param de ligar. Deixe-me lidar com isso para você.

Era óbvio que Mariana não acreditava nisso, já que Teófilo tinha um número privado que raramente era compartilhado. Como poderia haver chamadas irritantes?

Teófilo, sem intenção de continuar provocando Patrícia, fixou o olhar no rosto de Mariana e disse:

- Lembrei-me de ter uma reunião em breve. Mariana, você pode ir agora.

- Não há problema, posso esperar...

Antes que ela pudesse terminar a frase, Teófilo pegou o telefone interno e logo Gabriel apareceu na porta.

- Leve a Srta. Mariana de volta.

Mariana tinha tantas coisas para dizer, mas acabou sendo escoltada para fora.

Além dela, a faxineira também foi dispensada.

- Maia, não precisa limpar hoje. Você pode ir para casa.

Maia ficou meio surpresa, mas recuperou a expressão habitual.

- Entendido.

A porta foi fechada mais uma vez, Patrícia foi arrastada por Teófilo e pressionada contra a bancada.

- Patrícia, você se meteu nisso por conta própria.