Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 256

Daniel acompanhou Patrícia até o apartamento.

Ele irradiava a inocência da juventude, mas também carregava a sofisticação de um homem adulto.

Ele abriu a porta do carro para Patrícia e colocou o cachecol recém-comprado ao redor do pescoço dela.

- Não precisa, não estou com frio.

- Este é novo, as moças devem se manter aquecidas. - Explicou ele.

- Tenha cuidado no caminho de volta, obrigada.

Daniel ainda estava sorrindo de orelha a orelha:

- A refeição desta noite não conta, você ainda me deve um grande jantar.

- Você, hein. - Patrícia estendeu a mão e bagunçou o cabelo dele. - Você ainda é o mesmo desde a infância.

Naquela época, ela prometeu dar a ele um presente e o rapaz se lembrava disso o tempo todo, perguntando a ela de vez em quando.

- Então vamos marcar outro dia.

Ela observou o carro se afastar antes de finalmente entrar no elevador.

Daniel estava certo, ela não deveria ser tão pessimista.

Ela olhou para os sacos de petiscos que estava carregando e, para sua surpresa, depois de todos esses anos, aquele rapaz ainda se lembrava do seu gosto.

Quando ela conheceu Daniel na infância, ele foi estudar no exterior.

Eles costumavam conversar frequentemente nas redes sociais.

Quando se distanciaram? Provavelmente nos últimos anos, depois que começou a namorar Teófilo.

Ela dedicou todo o seu tempo a Teófilo e naturalmente a comunicação com Daniel se tornou mais rara.

A imagem que tinha de Daniel ainda era a daquele menino assustado com gatos subindo na ameixeira em sua casa.

Pensando naquela expressão infantil, Patrícia sorriu.

A escuridão da vida não era tão ruim, quanto mais escura a noite, mais brilhante a lua e as estrelas ficavam.

Talvez ela devesse arranjar um tempo para fazer um check-up do estômago, ela estava gradualmente encontrando a vontade de viver.

Ela abriu a porta e tocou no painel de luz.

Ao levantar os olhos, seu sorriso congelou no rosto.

Ela encarou os olhos negros no espelho:

- Há algo mais, Presidente Teófilo?

Teófilo riu sarcasticamente:

- Patrícia, eu nunca percebi como você é prática. Quando precisa de algo, sou 'Teo', caso contrário, é 'Presidente Teófilo'.

Patrícia usou uma toalha seca para limpar o rosto suavemente e se virou:

- Presidente Teófilo, eu apenas acompanhei a criança a um hospital, não quebrei nosso acordo. Não há necessidade de agir como se estivesse prestes a iniciar uma guerra.

- Uma criança? Não se esqueça do que ele tentou fazer com você naquela noite no cruzeiro.

- Naquela dia, ele foi dopado por sua noiva, em vez de culpá-lo, por que você não pergunta à sua noiva? - Patrícia originalmente não estava com raiva, mas ao mencionar os eventos passados, sua raiva começou a aumentar.

O homem diante dela se aproximou ainda mais, prendendo-a contra a pia, com um rosto sombrio e frio:

- Patrícia, você está insatisfeita? A família Bastos pode ter sido arruinada por mim, mas já iniciei a reestruturação financeira. Seu pai, eu o odeio, mas sua hospitalização não foi minha culpa!

- Eu sei.

- Você sempre sonhou com a ilha, gastei muito dinheiro para melhorar a vida das pessoas lá. A Casa dos Bastos está novamente sob seu controle, até mesmo aqueles dois pestinhas eu já perdoei e arrumei para eles. Se você quiser entrar na empresa, eu organizo isso imediatamente. - Teófilo segurou os ombros dela. - Se você não me quer, não vou tocá-la. Eu já disse que posso te dar tudo, exceto o lugar da Sra. Amaral. O que mais você quer de mim?