Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 306

Patrícia pensou por um momento:

- Quero ver minha melhor amiga, não precisa de despedidas, só dar uma olhada à distância.

Luciana se transformou completamente em uma viciada em trabalho recentemente, ocupada com horas extras.

Patrícia estava certa de que ela já havia visto as notícias e, durante esse tempo, deve ter ficado louca tentando encontrá-la.

Patrícia não teve coragem de se despedir de Luciana e também tinha medo de que seu entorno estivesse cheio de olhares curiosos.

Ela havia chegado tão longe em seu plano que não queria que ninguém o atrapalhasse.

- Tudo bem, vou te ajudar. - Daniel sempre atendia aos pedidos dela.

No horário do almoço daquele dia, Patrícia finalmente viu Luciana.

Ela estava vestindo o uniforme de trabalho que costumavam zombar juntas no passado, parecia uma boneca sem energia, indo em direção ao café.

Luciana fez o pedido e então se inclinou sobre a mesa, seu celular vibrava ocasionalmente e ela o pegava apressadamente, mas seu rosto ficava cada vez mais desanimado.

Ela estava comendo sem qualquer entusiasmo, como se só quisesse encher o estômago e não importava o que estivesse comendo.

Até mesmo o seu odiado aipo não provocou nenhuma reação.

Depois de algumas mordidas, ela largou o garfo e pegou o celular.

Patrícia se moveu para ficar atrás dela e viu que a tela do celular mostrava fotos de sua época de estudante com Luciana.

Algumas eram chamadas de "história negra" por ela, e Luciana ameaçava exibi-las repetidamente no local de seu casamento.

No entanto, no final, Patrícia não teve um casamento e ela também não pôde se casar com o amor de sua vida, como sempre sonhou.

Lágrimas caíram sobre a tela, uma após a outra.

Patrícia ouviu Luciana com voz rouca e chorosa:

- Paty, onde você está?

As lágrimas de Patrícia não podiam mais ser contidas.

Ela estava protegida da chuva pelo grande guarda-chuva que cobria sua cabeça.

Luciana parecia ter sentido algo, ergueu a cabeça de repente e olhou na direção de alguém.

A pessoa segurando o guarda-chuva era uma senhora de cabelos brancos.

Ela gentilmente ajudou Luciana a se levantar e disse:

- Menina, não é bom ficar no chão. Você é tão jovem, que desafios da vida você não pode superar? Por que está chorando?

- Vovó, eu perdi a minha melhor amiga e não consigo encontrá-la. - Luciana falou com a teimosia de uma criança que perdeu seu brinquedo favorito.

A senhora colocou o guarda-chuva na mão dela e disse com sabedoria:

- Não há festa que dure para sempre, minha jovem. Não há problema em se separar. A despedida de hoje é para um reencontro melhor no futuro.

Luciana, como se algo dentro dela tivesse despertado, olhou para cima e, na multidão, viu Patrícia com lágrimas nos olhos.