Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 333

Como Teófilo havia suspeitado, Pedro estava atrás dela.

Quando ela estava à beira da morte e a família Freitas tinha que decidir se usava a medula de Mariana para salvá-la ou se ela morreria, apenas Pedro não fez sua escolha.

Patrícia não desligou o telefone e respondeu com cortesia e distância:

- Sou eu.

- Você está realmente viva! - A voz de Pedro soava claramente emocionada.

Felizmente, ela havia solicitado que entregassem o relógio em formato de urso para sua mãe, caso contrário, ele não teria tido notícias de que ela ainda estava viva.

Originalmente, Pedro apenas discou o número dela para sondar, sem expectativas de que realmente atenderia.

- Paty, já que você está viva, você deve doar medula para a minha esposa. - Ele mal teve a chance de falar e Patrícia rejeitou diretamente a intenção dele.

- Paty, eu gostaria de conversar com você.

- Isso provavelmente não vai funcionar. - Patrícia estava deitada preguiçosamente em uma espreguiçadeira, abraçando um coco.

A brisa marítima que vinha em sua direção era muito confortável, como mãos suaves acariciando seu rosto, até mesmo mais gentil do que sua mãe.

- Paty, sei que você tem ressentimentos em relação a Mari e à família Freitas, coisas de gerações mais jovens não devem ser julgadas por nós, mais velhos.

Patrícia o interrompeu diretamente:

- Se não é para julgar, então não julgue. Não preciso das suas avaliações ou desculpas.

- Paty, sei que não importa o que eu diga, não consigo mudar a sua mágoa. Só quero te dizer que a situação de sua mãe é muito ruim. Nos últimos anos, ela não voltou para o país porque não quis, mas por minha posição delicada, que tornou difícil voltar. Sua mãe realmente sente muito a sua falta!

Patrícia mal se preocupou em discutir se ele estava tentando enganá-la.

Mesmo que Juliana não pudesse voltar ao país, ainda poderia fazer uma chamada, certo?

Na época em que Juliana se mudou para o exterior, Patrícia pressionou João para obter o número dela.

Todos os dias, ela se perguntava se sua mãe estava se ajustando ao novo ambiente.

A vida no exterior era muito diferente do seu país, ela era uma pessoa exigente, e se ela não conseguisse se adaptar?

Assim que a ligação foi atendida, Patrícia nem teve a chance de cumprimentar, pois Juliana interrompeu imediatamente ao ouvir a voz de João:

Sua rotina após a escola era esperar ao lado do telefone e até mesmo levar o telefone para o quarto para não perder uma chamada.

Com o fuso horário da mãe no exterior, ela não podia se dar ao luxo de dormir profundamente, para nao ter a ligação fosse perdida.

No entanto, por mais que tenha tentado inventar justificativas, ela nunca recebeu um telefonema de Juliana.

Agora, já adulta, ela entende que Juliana estava completamente imersa na felicidade de reacender o romance com um antigo amor.

Naquela época, talvez estivesse ansiosa para iniciar uma nova vida com Pedro, sem espaço para lembrar da existência dela.

Afinal, o seu nascimento foi como o de uma filha indesejada.

Não foi uma questão de não ser favorecida, mas simplesmente de nunca ter sido amada.

Apesar de Pedro falar sem parar, Patrícia permaneceu em silêncio.

Quando ele finalmente parou, Patrícia abriu a boca:

- Sua garganta está cansada? Que tal beber um pouco de água antes de continuar?