Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 361

O quarto estava muito escuro e para garantir que ele pudesse dormir em paz, a cortina estava fechada. Com cuidado, Patrícia abriu uma fresta, adicionando uma linha de luz ao ambiente.

Ela se aproximou da cama em silêncio, ciente de que, em tempos passados, ele teria acordado com a abordagem cautelosa.

No entanto, agora, seus olhos estavam fechados com firmeza e ao lado havia um suporte de soro vazio.

Patrícia estendeu a mão para sentir sua testa, que ainda queimava.

O corpo de Teófilo sempre foi forte, raramente ficava doente.

Parecia que a questão com Rafaela teria que esperar até que ele acordasse mais tarde.

Antes que pudesse retirar a mão, Tófilo agarrou seu pulso.

No segundo seguinte, ela foi puxada para os braços dele. Com a testa franzida, ela tentou empurrá-lo, mas ouviu sua voz rouca murmurando:

- Não vá.

Os olhos de Patrícia encontraram os dele, vislumbrando o vermelho nos olhos dele, como os de uma criança necessitada.

Suspirando suavemente, ela acabou por não resistir, aninhando-se em seus braços.

Teófilo estava radiante, seus braços envolviam ela ainda mais.

A sensação de calor envolvendo Patrícia a deixava desconfortável.

Já fazia muito tempo desde que estiveram tão próximos. Mesmo com amores passados, a proximidade a deixava desconcertada.

- Relaxe um pouco, estou quase sem fôlego aqui. - Patrícia protestou em voz baixa.

Teófilo, meio adormecido, não só não soltou sua mão, como a abraçou mais apertado, murmurando incessantemente:

- Paty, eu errei, eu realmente errei, não me deixe.

Não dava para falar agora, aquela cena seria chocante até mesmo no passado.

Teófilo, um ser divino, cometendo erros?

Agora, parecia uma criança indefesa, repetindo que havia cometido erros e pedindo para não ser deixado.

Patrícia estava prestes a dizer algo quando sentiu os dedos dele se infiltrando sob sua fina roupa.

Principalmente com cabelos bagunçados na testa e alguns levantadas de maneira travessa, longe da postura dominante que ele costumava ter.

Era como se fosse uma criança sendo intimidada.

Patrícia só tinha visto aquele lado dele uma vez, depois de uma única noite de bebedeira.

Ele revelou uma rara inocência naquela ocasião, tão simples quanto uma criança.

Ela mal conseguiu se esquivar, virando o rosto e dizendo:

- Primeiro, afaste-se de cima de mim. Preciso conversar com você.

- Não! - Teófilo agiu como uma criança rebelde, teimoso.

Ele estendeu a mão, segurando o queixo de Patrícia com dedos abrasadores, virando seu rosto na direção dele.

Antes que Patrícia pudesse reagir, no segundo seguinte, ele a beijou de forma autoritária.

Seu beijo devorou a respiração dela.