Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 363

Teófilo dormiu por um longo tempo, só acordou quando a noite já caía.

Quando abriu os olhos, olhou de imediato ao redor e viu que estava sozinho na cama.

Ao se levantar, viu a si mesmo impecavelmente vestido. Uma pontada de decepção o atingiu, pensando que talvez estivesse sonhando daquela forma por estar com saudades de Patrícia e com medo de perdê-la.

Se ele tivesse feito algo assim, Patrícia certamente o odiaria ainda mais.

Teófilo, apoiando a cabeça pesada, sentiu que a longa soneca apagou sua exaustão, sua febre havia diminuído e ele estava se sentindo muito melhor.

Após um banho revigorante, ele saiu do quarto, onde Maria, usando um avental, estava ocupada na cozinha.

Ao ver Teófilo, ela sorriu.

- Sr. Teófilo, finalmente acordou. Depois de tanto tempo dormindo, você deve estar com fome. Não se preocupe, preparei muitos pratos que você e a senhora gostam.

Teófilo franziu a testa, perguntou com confusão:

- Quem você disse?

- Senhora, claro. Aliás, quando ela veio vê-lo, você estava com febre alta, não sabia que ela tinha vindo.

Teófilo, com um olhar profundo, iluminou-se.

- Ela ainda está aqui?

- Sim, ela está um pouco cansada. Parece que ela quer falar com você sobre algo. Mas vendo que você estava com febre, ela não quis incomodá-lo e foi descansar no quarto ao lado.

Maria de repente segurou a mão dele, com um olhar misterioso.

- Eu sei que você está pensando na senhora. Aproveite a oportunidade, não a deixe ir embora de novo. Depois de um dia inteiro de sono, vá chamar ela para jantar.

- Sim.

Teófilo olhou pela janela. A tempestade já havia passado, assim como a relação instável entre ele e Patrícia.

Quanto ao assunto de Rafaela, Teófilo ainda não tinha decidido como lidar.

A cada passo, parecia haver dois pequenos seres em sua mente debatendo.

Teófilo sentiu uma pontada de culpa. Patrícia havia passado por tantos perigos recentemente e nem mesmo durante o sono encontrava paz.

Ele estendeu a mão e sacudiu com gentileza o braço dela, sussurrando com voz leve:

- Paty, acorde.

Patrícia acordou grogue, sua mente confusa entre sonho e realidade, incapaz de distinguir entre os dois.

Ela ainda estava imersa nos doces momentos antes de sua separação.

Sem pensar, ela colou os lábios nos dele, pegando Teófilo de surpresa.

Como se o sonho se tornasse realidade, ele ficou imóvel, com medo de que qualquer movimento seu acordasse Patrícia do sonho.

A escuridão era o melhor catalisador, obscurecendo a linha entre sonho e ilusão.

Ele permitiu que Patrícia envolvesse o pescoço dele com os braços, os lábios dela roçando suavemente nos dele, devorando sua razão aos poucos.

A respiração de ambos se tornava cada vez mais intensa...