Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 367

Teófilo pronunciou cada palavra com firmeza:

- Amizade de infância? Por que nunca me contou sobre qualquer amizade que tivesse com ele.

Um fogo ardente se acendeu nos olhos negros dele.

Patrícia se sentiu injustiçada.

- Você pode ser amigo de Mariana desde a infância e os outros não podem ter amigos de infância? Não mencionei porque achei que era desnecessário, éramos apenas companheiros de brincadeira na infância. Você, com sua mente suja, acha que todos são sujos assim?

Teófio fez um sorriso sarcástico.

- Eu sujo e ele limpo?

O sorriso sarcástico fez Patrícia se sentir desconfortável. Ela contra-atacou:

- Então, estou errada? Você traiu nosso casamento, teve uma criança fora e se você é sujo, então o cisne negro não é negro.

Teófilo, com o peito ofegante de raiva, perguntou:

- Patrícia, você sabe quem ele é? O que ele fez?

- O que ele poderia fazer? - Patrícia pensou na chamada não atendida e nas complicações envolvendo Teófilo ontem à noite. Será que ele também estava envolvido?

Teófilo apontou para o próprio peito.

- No barco, você me forçou a deixá-lo ir no navio. Certo, eu não queria te machucar, então o liberei. Mas o que ele fez em troca? Virou e atirou em mim.

Os olhos de Patrícia se moveram rapidamente. Teófilo continuou:

- Você quer saber por que ainda estou vivo? Se eu não estivesse usando um colete à prova de balas, já seria um cadáver. Claro, se ele não estivesse pensando um segundo, mirando no meu coração com a arma, eu estaria morto ou, na melhor das hipóteses, um vegetativo agora.

Daniel, com seu sorriso gentil, veio à mente de Patrícia. Ela murmurou:

- Como isso pode...

- Em seus olhos, o vê como um jovem limpo, mas já pensou por que, quando todos estavam te procurando, ele foi o primeiro a te encontrar? Como ele saberia onde você estava?

- Eu...

A situação se desenrolou rapidamente, para as pessoas na era da paz, aquilo era algo além de suas imaginações.

Quando perceberam, já estavam caídos em poças de sangue. Alguns ainda não conseguiam nem gritar.

As pessoas caíam uma após a outra, muito mais rápido do que nas obras cinematográficas, sem preparo psicológico, em apenas alguns suspiros, uma multidão já estava prostrada no chão.

Marcas sangrentas manchavam as paredes brancas, corredores cheios de pessoas caídas.

Alguns estavam se movendo, enquanto outros já tinham ido embora.

Patrícia, com os olhos vermelhos, percebeu que isso não era apenas terrível. Era uma tragédia.

Não era de se admirar que a informação tivesse sido mantida em segredo. Se vazasse, seria uma explosão de notícias.

Teófilo disse em tom gélido:

- Eu só pergunto a você, Daniel disse que foi esfaqueado por alguém. Isso é possível?