Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 374

Ao ouvir aquelas palavras, o corpo de Mariana estremeceu sem motivo. Rodrigo deu um tapinha no ombro dela, disse:

- Por que tem medo? Na minha juventude, no campo de batalha, nem sei quantas pessoas matei. Se não fosse seu pai não seguir os meus conselhos para preservar a família Freitas, por causa da obsessão excessiva por ela, eu precisaria ter recorrido a esses métodos?

- Então, a leucemia dela não foi coincidência? - Mariana encarou Rodrigo, chocada.

Nos olhos de Rodrigo, pairava uma aura indissolúvel de intenções assassinas e um sorriso frio se formou em seus lábios.

- É claro. Após a trágica morte acidental de sua mãe, minha intenção original era fazer com que seu pai se casasse com uma mulher da mesma posição social que a nossa família. No entanto, ele decidiu se casar com Juliana. Depois do aborto, ferindo sua capacidade de conceber, propus que ele escolhesse uma mulher saudável para gerar um filho. Ele recusou, então eu não tive escolha a não ser agir assim.

Os dedos de Mariana apertaram o braço da cadeira, naquela época foi ela que provocou o aborto de Juliana.

Desde pequena, ela sempre detestou Juliana, sentindo que foi ela que roubou o amor do pai destinado à mãe. Se eles tivessem tido outro filho, ela teria perdido até mesmo a atenção do pai.

Vendo Mariana permanecer em silêncio, Rodrigo suavizou seu tom, dizendo:

- Mari, devo te dizer, se não for implacável, sua posição ficará instável. Não me culpe por ser duro, todas as minhas ações são para o seu bem, para o bem da nossa família.

- Avô, eu sei.

- Enquanto souber, está tudo bem. Deve ficar do lado do avô. Não conte ao seu pai. Pode ficar tranquila. Hoje é Juliana, amanhã pode ser Patrícia. Desde que não revele o sucesso do seu tipo de medula óssea, ela não vai durar muito.

- Entendi.

- Mari, eu ainda tenho que receber uma visitante.

- Visitante? Que tipo de pessoa é essa?

- Vou te apresentar depois. Por agora, sai.

Mariana ficou desconfiada. Todos os amigos de Rodrigo estavam no exterior, raramente ele se comunicava com alguém no Brasil. De onde teria vindo uma visitante?

Ela saiu fingindo, mas se escondeu em segredo no quintal atrás de uma grande árvore.

A aparência não parecia pertencer à época atual, mais parecia uma vilã de uma novela. Seu corpo estava completamente coberto, sem nenhuma pele à mostra.

A mulher parou no pátio e o mordomo continuou:

- Por favor, senhora, retire o chapéu.

A mulher fez um sorrio leve, estendendo uma mão pálida como porcelana. Pela pele, parecia jovem, talvez na casa dos vinte ou trinta anos.

As unhas dela eram compridas e estava pintada de vermelho intenso. Branco e vermelho, que lembrava vilãs malévolas.

O chapéu caiu e a mulher estava usando um vestido noturno que realçava suas curvas, deixando Mariana surpresa com tanta beleza.

Rodrigo não faria algo tão extravagante, certo? Ele tinha aquela idade e ainda estava atrás de mulheres?

A porta se abriu com um rangido.