Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 432

Patrícia observou suas pessoas próximas partindo aos poucos e o medo a envolveu.

Pedro era sua última esperança de continuar vivendo. Ela estava determinada a segurá-lo e impedir ele de ir embora.

Ela pretendia cuidar da higiene de Pedro, mas agora, com a mão direita machucada, não conseguia nem torcer uma toalha.

Daniel, ao perceber a tristeza em seu rosto, torceu a toalha e a entregou, consolando com paciência:

- Paty, não se preocupe. Teófilo evitou danos permanentes, talvez sua mão possa se recuperar com o tempo.

Patrícia disse com um sorriso irônico:

- Então devo agradecer por ele ter sido piedoso? - Ela olhou para seu pulso machucado e disse com voz fria. - Meu maior arrependimento é não ter conseguido matar Rafaela, essa louca, a tempo.

As imagens do rosto de Rafaela se repetiam em sua mente, uma face que expressava dor intensa, mas que se recusava a deixar escapar qualquer som. Patrícia pensava que ela era alguém fora do comum.

Daniel tentou consolá-la:

- Paty, Rafaela não está bem de saúde. A vida dela não é tão fácil.

- Então, a minha é mais fácil? - Patrícia deu um sorrio amarguro.

- Paty... - Daniel decidiu ficar em silêncio, apenas soltou um suspiro suave. - Tudo vai melhorar.

No mundo de Patrícia, tudo parecia sombrio, mas ao olhar para o rosto tranquilo de Pedro, ela encontrou um raio de esperança, murmurou:

- Sim, ainda tenho meu pai. Tudo vai melhorar. Não estou totalmente desamparada.

- Durma bem esta noite. Amanhã cedo, vou realizar a cirurgia no Sr. Pedro.

- Está bem.

Naquela noite, Patrícia estava cheia de nervosismo e excitação, havia esperado meio ano por aquele dia. Quase não conseguiu dormir, ansiosa pelo amanhecer.

Ela verificou novamente.

- Daniel, nada vai dar errado, certo?

- Não, Paty. Fiz uma verificação detalhada na saúde do Sr. Pedro. A cirurgia tem uma alta taxa de sucesso.

- Isso é ótimo.

- A cirurgia cerebral é delicada e complexa. Você precisar ter paciência. Pode demorar um pouco.

- Fico muito feliz por você ter me ajudado tanto. Se eu puder ajudar você de alguma forma, não terá vindo em vão.

Observando as nuvens flutuantes no horizonte, Simão perguntou:

- E quanto aos seus planos para o futuro?

- Vou descansar com meu pai na ilha. Quando ele se recuperar completamente, se eu ainda...

Ela hesitou e Simão a encarou, perguntando:

- Se você ainda o quê?

Patrícia balançou a cabeça, sorrindo.

- Nada.

- Paty, se você não tiver para onde ir, pode vir para o País Z, minha terra natal. É um país litorâneo lindo. Com certeza você vai gostar.

- Ótimo, quando tiver tempo, com certeza vou visitar.