Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 448

Luciana deu um tapinha no ombro de Patrícia:

- Eu te entendo tão bem, assim como eu economizei para comprar uma casa para aquele cara. Todo mundo tem sua juventude, olha para mim agora, ganhando dinheiro, não é maravilhoso?

As duas relembraram os tempos verdes do passado e seus humores melhoraram bastante.

Luciana lambeu os lábios e disse:

- Estou com sede, você pode cortar uma maçã para mim.

Ela continuou casualmente:

- Lembro de quando te conheci, você nem sabia cortar uma maçã. Quando fomos visitar o professor, você cortou diretamente o núcleo da maçã. A gente riu muito do seu jeito extravagante de descascar, depois, por causa do Teófilo, você...

Luciana não terminou a frase e viu Patrícia estendendo subitamente a mão direita, sua palma caindo suavemente e a voz de Luciana parou abruptamente.

- Desculpe, Luh, não posso cortar para você. Vou chamar a enfermeira.

Luciana agarrou a mão dela, os olhos instantaneamente avermelhados:

- Quem fez isso?

- É uma longa história.

- Foi o Teófilo? Ele enlouqueceu? Como pode machucar sua mão? Você está prestes a se tornar uma médica!

Veja, todo mundo sabia que o sonho de Patrícia era se tornar médica, exceto Teófilo, que não se importava.

Patrícia não queria que Luciana ficasse triste, então tentou parecer o mais calma possível:

- A situação na época era um pouco complicada.

Quanto mais Patrícia tentava minimizar, mais Luciana se preocupava.

Luciana, que sempre gostava de sorrir, viu lágrimas caindo uma a uma sobre as costas da mão de Patrícia, e sua voz tremia:

- Como ele pôde? Como pôde?

A Patrícia do passado, tanto na família Bastos quanto ao lado de Teófilo, era a mimada.

Patrícia sorriu ironicamente:

- As pessoas inevitavelmente crescem, até as dores que não experimentamos no passado precisam ser enfrentadas, por isso dizem que o bom Deus é justo.

- Paty, pare de sorrir, isso faz eu me sentir mal. Apenas chore, não há estranhos aqui, eu não vou rir de você, não precisa ser tão forte.

Patrícia estendeu a mão esquerda para enxugar as lágrimas do rosto dela:

- Não chore mais, essa expressão não combina com você. Lembra quando você me disse que, enquanto estiver viva, deve viver bem, mesmo que seja apenas com uma mão. Olhe, o médico disse que eu não viveria mais do que seis meses, mas já passei desse tempo, só de estar viva já há esperança.

- Sim, há esperança enquanto estamos vivas e se for para alguém morrer, que sejam aquelas pessoas ruins!

Patrícia sorriu:

- Isso mesmo. Tenho uma boa notícia e uma má notícia, qual você quer ouvir primeiro?