Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 471

Patrícia, acostumada à indiferença de Teófilo, pensava que o mais assustador era a crueldade passada de Teófilo.

Mas agora ela percebia que os ataques diretos, vindo com um sorriso no rosto e olhos cheios de afeto, eram muito mais assustadores! Apenas especulações, ela não ousava realmente expor o fato de já estar grávida.

- Teófilo, eu nunca vou te amar, nunca.

Teófilo não se importava:

- O futuro é longo.

Patrícia não discutiu com ele, apenas se encolheu obedientemente, com medo de irritar Teófilo. Raciocinar com um louco era algo que ela não queria fazer.

O que ela podia fazer agora era ser paciente, esperar pela recuperação de João, esperar pelo nascimento seguro de seu filho e tentar viver mais um pouco.

Antes disso, ela não podia se complicar.

Vendo Patrícia fechar os olhos, Teófilo gentilmente cobriu-a com o cobertor e se inclinou para dar um beijo em sua testa:

- Paty, não tente me deixar. Isso é um pensamento tolo, entendeu?

Mesmo sendo junho, ela sentiu um frio intenso, sem se atrever a se mexer muito. Teófilo estava beirando a loucura.

Na manhã seguinte, ela acordou ao som dos pássaros nas montanhas. Instintivamente, olhou para o lado e percebeu que Teófilo e Diego haviam desaparecido.

Ela fez uma higiene rápida dentro da barraca antes de abrir as cortinas.

O frescor da manhã nas montanhas dissipava todas as angústias em seu coração.

Patrícia inspirou profundamente, como se pudesse expulsar toda a opressão em seu peito.

Não muito longe, Lucas estava brigando com um esquilo. Com as mãos na cintura, ele expressava sua raiva:

- Subir na árvore? É o que? Desça daí!

Havia dois esquilos na árvore, um grande e outro pequeno. O maior jogou uma pequena pinha que ainda não havia crescido na cabeça de Lucas.

- Você ousa me bater! Mais tarde, vou mostrar a vocês como se faz.

Ele então arregaçou as mangas e começou a subir na árvore, determinado a enfrentar os esquilos até o fim.

Gabriel estava ocupado preparando o café da manhã, e Patrícia, sem saber o que seria preparado, percebeu seu olhar. Ele a cumprimentou suavemente:

- Srta. Patrícia.

Preocupada, Patrícia apressou o passo na direção de Diego, que se levantou como se nada tivesse acontecido.

Ele correu alguns passos, pegou a guirlanda de flores que havia caído e, em seu rosto, exibiu um sorriso puro e inocente.

- Mamãe, flores.

Patrícia olhou mais de perto e percebeu que era uma linda guirlanda, as flores acabavam de ser colhidas, frescas e vibrantes.

Diego, ansioso, ergueu a guirlanda e gesticulou animadamente:

- Papai, colheu.

Vendo que Patrícia estava indiferente, ele puxou a barra de sua saia:

- Mamãe, use.

As mãos pequenas batiam em sua própria cabeça, Patrícia se agachou rapidamente, e o pequeno colocou a guirlanda em sua cabeça com alegria.

Esta cena era idêntica ao seu sonho!