Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 503

Ao vê-la insistir, Teófilo também não recusou:

- Estamos um pouco longe, talvez você devesse descansar um pouco antes.

Patrícia manteve uma expressão séria:

- Não precisa, não estou com sono.

Dez minutos depois, sua cabeça pequena batia no vidro como um pintinho bicando grãos sem parar.

Teófilo, sem muita escolha, pois ele não era uma fera selvagem, por que que ela ficar colada na janela era uma opção? Ele estendeu o braço longo para pegá-la, Patrícia abriu os olhos, tentou resistir quando o viu, mas não conseguiu vencer o sono e logo adormeceu em seus braços.

Neste período, ela estava mais propensa a dormir, mergulhando em um sono profundo.

Teófilo ficou silenciosamente ao lado dela. Nestes tumultuados dois ou três anos, fazia muito tempo que ele não tinha um momento tranquilo como este com Patrícia.

“Tempo, por favor, passe mais devagar.”

O carro subiu a montanha, lá fora já estava completamente escuro, e Patrícia acordou lentamente de seu sono.

Ao perceber que estava realmente encostada nele, Patrícia rapidamente se afastou.

Teófilo suspirou com resignação.

Patrícia tinha acabado de acordar, sua voz ainda estava rouca:

- Que horas são?

- Faltam alguns minutos, logo estaremos lá.

O carro mergulhou novamente em um silêncio sepulcral. Teófilo pegou alguns petiscos, como pastéis de nata, que já havia preparado de manhã cedo.

- Depois de tanto tempo no carro, você deve estar com fome. Fiz isso no almoço, coma algo primeiro.

Patrícia silenciosamente aceitou, sem ficar zangada com ele, priorizando encher o estômago.

Quando ela terminou de comer, o carro parou em uma estância de montanha.

Localizada no coração das montanhas, era muito tranquila, e assim que saíram do carro, puderam ouvir os sons de alguns insetos.

Provavelmente havia um riacho por perto, pois podiam ouvir o murmúrio da água corrente.

Dizendo isso, ela se lançou na densa floresta, enquanto os seguranças corriam atrás dela:

- Senhorita, pare.

Patrícia olhou para Teófilo ao lado dela, nem conseguindo terminar a frase:

- Rafaela, ela...

Uma figura passou por ela, quando ela olhou novamente, Teófilo já havia escalado o muro e deslizado pela mesma rota de fuga de Rafaela.

Sua velocidade era ágil, levou apenas alguns segundos para pousar no chão, sem sequer olhar para trás, ele a perseguiu.

Patrícia ficou parada no mesmo lugar, observando a figura que desaparecia na floresta.

Afinal, o sangue é mais espesso que a água, Rafaela sempre foi a prioridade em qualquer situação.

Patrícia sem saber se tinha irmãos da sua família biológica. Ela conseguiria encontrá-los nesta vida?

Um som estridente de tiro ecoou em seus ouvidos, acordando os pássaros que dormiam na floresta.