Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 51

Um homem que antes dedicava meio ano cultivando um jardim de rosas por uma simples frase dela, agora não queria mais perder tempo com isso, mesmo que fosse apenas por alguns dias.

Quando estava apaixonado, o sentimento era genuinamente intenso, mas ao deixar de amar, tornou-se verdadeiramente impiedoso.

Patrícia puxou delicadamente a roupa dele e suplicou.

- Não tenho muito tempo, você pode me prometer, por favor?

- Patrícia, não exagere. - Ele a encarou friamente, interpretando suas palavras como o prazo de um mês, recusando sem piedade.

- Isso é considerado exagero? - Patrícia riu de si mesma.

- Você simplesmente acha que estar comigo é uma perda de tempo e está se preparando para noivar, não é?

As pontas longas dos dedos de Teófilo tocaram suavemente a mesa, olhando casualmente para ela. - Eu já disse que vou noivar em breve.

Embora o rosto dele não mostrasse muita expressão, Patrícia leu o sarcasmo em seus olhos.

Este mês era algo que ela implorara, então ela merecia isso.

Ela simplesmente o observou em silêncio e, finalmente, sorriu.

- Afinal, eu estava pensando demais. Desculpe por incomodar.

Patrícia abriu a porta e saiu. De repente, veio a voz do homem de trás.

- Bem, você pode escolher um lugar.

Seus passos hesitaram e um traço de alegria apareceu em seu rosto.

- Então vamos para a Islândia.

Desta vez, ele não negou, a garganta dele rolou levemente.

- Está bem.

Patrícia partiu animada.

Havia uma boa chance de ver as luzes do norte na Islândia, mas o fato de ele estar disposto a acompanhá-la nos últimos momentos de sua vida já era suficiente para satisfazê-la.

A noite estava passando, ele adormeceu suavemente ao lado dela, mas Patrícia não dormiu.

Ela se encolheu cuidadosamente, a distância entre ela e ele parecia uma vastidão de oceano.

Ela não ousava se aproximar muito, com medo de que ele percebesse a ferida em seu braço.

Na verdade, assim que ele adormeceu, virou-se e dormiu na beirada da cama do outro lado, ignorando completamente o que ela queria.

Elas se encontraram uma vez, durante um concurso de inovação.

Naquela época, Patrícia estava cheia de energia, com um brilho intenso nos olhos.

A pessoa na cama se mexeu, virou a cabeça para Patrícia com surpresa.

Antes que Patrícia pudesse falar, Joana agarrou sua mão e sussurrou:

- Fale baixo, alguém está tentando roubar meu filho.

Patrícia olhou para o travesseiro em seus braços, sem querer incomodá-la, apenas assentiu.

- Quem está tentando roubar seu filho?

“Clic-clic-clic.” - O som dos saltos altos ecoou pelo corredor.

Assim que Joana ouviu esse som, encolheu-se atrás da cortina, tremendo de medo.

- Ela está vindo, está tentando roubar meu filho!

Patrícia queria dizer algo, mas uma mulher usando um jaleco branco e uma placa de diretora no peito apareceu na porta com uma atitude dominadora.

- Joana teve uma piora, não está qualificada para visitas. Srta. Patrícia, por favor, retire-se.