Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 53

Patrícia investigou a situação de várias pessoas, mas não encontrou nada relevante, além das informações de Teófilo. Inicialmente, ela pretendia ajudar aquelas garotas, mas descobriu que ou elas haviam se mudado ou retornado às suas cidades natais, e agora não conseguia localizá-las.

Patrícia teve que desistir temporariamente e decidiu que, assim que Joana se recuperasse, voltaria ao hospital psiquiátrico.

Depois de uma conversa com Michael, eles se despediram.

Patrícia olhou para o céu lá fora e chamou um táxi.

Era horário de pico, Patrícia fechou os olhos, descansando ao lado da janela do carro.

O rádio do táxi estava sintonizado na estação local, e uma notícia sobre o“Incidente de salto no Hospital Psiquiátrico da Montanha Fengyuan” ecoou em seus ouvidos.

Patrícia abriu os olhos e pediu ao motorista para aumentar o volume.

Não era aquele o hospital psiquiátrico que ela tinha visitado hoje?

Ela rapidamente pegou o celular e fez uma busca na internet.

A vítima era Joana, a mesma que ela havia visitado durante o dia.

Na foto, Joana estava vestida com o frágil uniforme de paciente, pulando do telhado do prédio, com um sorriso estranho no rosto.

No momento em que viu a foto, Patrícia sentiu um arrepio na espinha e por todo o corpo.

O motorista perguntou preocupado:

- Senhorita, o que aconteceu? Por que você está tão pálida?

- Não, não é nada, só acho que essa moça teve uma vida muito difícil.

- Problemas de saúde mental, acontece. Tenho parentes que têm depressão, tentaram o suicídio algumas vezes. Para eles, partir foi um alívio.

Patrícia não pôde concordar com isso, pensando na jovem que estava amarrada à cama e sendo medicada à força.

Ela era tão jovem.

De volta em casa, Patrícia estava melancólica.

Teófilo ainda não tinha voltado, ela se acomodou no sofá, sentindo-se exausta tanto mentalmente quanto fisicamente.

A imagem de Joana pulando do prédio dominava seus pensamentos, como uma pedra lançada na água, gerando ondulações que se dissipavam rapidamente.

Refletindo sobre seu próprio destino, ela imaginou que seria algo semelhante.

Patrícia assentiu.

- Sim, há alguns dias, quando fui visitar minha avó, também passei pelo túmulo da Rafaela. Eu sei que você tem ressentimento em relação ao meu pai, mas isso não significa que eu não possa prestar minhas condolências a ela, certo?

- Condolências? - Teófilo respondeu com um resmungo, em seguida, jogou um punhado de fotos na direção de Patrícia.

O túmulo que antes ficava sob uma árvore de ameixeira estava agora em ruínas, um cenário de devastação.

Patrícia ficou perplexa,

- Como isso aconteceu?

Teófilo olhou para ela com olhos gelados depois de sua expressão chocada.

- Você ainda está fingindo? Patrícia, embora você tenha tido seus momentos de capricho no passado, você sempre foi gentil e amável. Eu te dei várias chances, mas você se mostrou tão cruel! Rafaela nunca teve um dia de felicidade em sua vida e agora ela é tratada assim até na morte.

Levou um momento para que Patrícia entendesse, e então ela olhou incrédula.

- Você acha que eu fiz isso?