Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 568

Luciana agarrou a mão de Patrícia com emoção.

- Despedida? Para onde você vai?

- Não se preocupe, eu só quero encontrar um lugar para descansar um pouco.

Vendo Patrícia vestida toda de preto, sem um traço de vitalidade e fria como o gelo, Luciana adivinhou que ela provavelmente queria espairecer.

- Vai demorar muito?

- Sim, provavelmente.

- Deixar este lugar triste também é bom.

A sempre animada e alegre Luciana nem sabia como consolar Patrícia, cujas feridas não poderiam ser curadas com poucas palavras.

Então, transformando tristeza em apetite, Luciana pediu vários pratos caros.

- Coma, hoje você pode se deliciar com caviar, estou com dinheiro agora, então não seja tímida comigo.

Patrícia sorriu.

- Fale mais baixo, as pessoas vão pensar que você é uma nova-rica.

- O que tem? Eu conquistei isso com meu próprio esforço, Paty, e não vou te enganar, você me ajudou muito na época do ensino médio, e eu sempre pensei que um dia eu precisaria me destacar e ser alguém em quem você pudesse se apoiar.

- Você já é excelente agora. - Patrícia testemunhou o crescimento de Luciana.

Luciana era diferente dela, nascida com uma mente voltada para os negócios, antes limitada por homens, mas agora sem essas amarras, tudo à sua frente era brilhante.

Ela finalmente encontrou seu caminho, e Patrícia estava genuinamente feliz por ela.

As duas passaram o dia como nos tempos de estudantes: comendo, fazendo compras, assistindo filmes.

Patrícia sempre mantinha um sorriso leve, até que escureceu e os primeiros flocos de neve começaram a cair.

Quando estavam prestes a se despedir, Luciana de repente disse:

- Espere.

Ela se virou e entrou em uma loja de acessórios ao lado, voltando rapidamente com um cachecol, que ela mesma enrolou no pescoço de Patrícia.

- Não importa o caminho que você escolha, se ficar cansada, eu sempre estarei atrás de você. Cuide bem de si mesma e, quando possível, mande notícias suas para que eu saiba que está bem e eu possa ficar tranquila.

- Tudo bem.

- Você realmente decidiu?

- Sim.

- Não precisa ter pressa, seria melhor esperar pela primavera, quando o clima estiver mais ameno.

Ela se virou.

- Para mim, não importa onde estou, é sempre um inferno na terra. O que significa a primavera para mim? Teófilo, se você realmente me ama, me deixe ir.

A garganta de Teófilo se contraiu.

- Você sabe que a Ilha do Tesouro não é um lugar comum, se você entrar lá...

- Eu entendo, é uma chance em nove de sobreviver. - Patrícia sorriu - Mas ainda há uma chance de viver, e eu sairei viva, assim como você fez.

Teófilo a olhou por um longo tempo, finalmente suspirando com conformação:

- Realmente não há o que fazer com você.

- Teófilo, faça uma última coisa por mim, por favor.