Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 578

Os homens de Teófilo, em sua maioria, eram como ele: reservados e pouco inclinados ao riso.

Gael, contudo, era uma exceção.

Não seguia convenções e exalava uma aura de malícia.

Sem obter resposta, Cláudio, fumando e com o ombro sangrando, zombou:

- Você não acha que ela estaria na água, né? Se ela entrou lá, com essa correnteza forte, já era.

Gael ignorou Cláudio e continuou:

- Desta vez, farei uma saída ousada. Fique tranquila, senhora, farei o que você deseja.

Cláudio estava prestes a retrucar quando, de repente, uma figura emergiu das águas com um ruído.

Ele estava prestes a gritar quando viu uma mulher de pele alva como a neve, sem nenhuma imperfeição visível.

Toda a sua maquiagem havia sido lavada pela água, e ela parecia ainda mais pálida que antes, refletindo luz.

Seus cabelos negros e úmidos estavam colados às bochechas, a fazendo parecer uma sereia.

Todos os homens presentes ficaram hipnotizados por sua beleza.

Seria possível existir uma mulher tão bela?

Gael já havia notado seu disfarce antes, como a cicatriz no rosto que havia mudado ligeiramente de posição. Ele suspeitava que a mulher capaz de conquistar o coração de alguém não seria feia, mas nunca imaginou que ela fosse tão deslumbrante.

Patrícia não fazia ideia do impacto que sua beleza causava nos homens à sua frente.

Até Gael ficou visivelmente impressionado.

- Você quer... - Patrícia começou a falar, mas Gael colocou o dedo indicador nos lábios em um gesto de silêncio.

Percebendo a presença de outras pessoas, Patrícia não disse mais nada.

Gael agarrou seu braço e a levantou com força, a lançando na grama.

- Desculpe, sou um pouco bruto. Não sei ser gentil com as mulheres.

Patrícia mal teve tempo de discutir isso com ele, franzindo a testa em um olhar suplicante.

- Você não poderia fingir que nunca me viu? Quero me vingar sozinha.

Uma expressão de ressentimento cruzou o rosto de Patrícia.

- Teófilo, você prometeu me dar liberdade, me deixar fazer o que eu quisesse. Vai voltar atrás agora?

Ele se aproximou dela passo a passo, com um olhar de resignação.

- Mas eu não esperava que você fosse fazer algo que pudesse custar sua vida, Paty. Não se divertiu nesse tempo que te dei liberdade?

Cláudio e os outros estavam atônitos, como se assistissem a um drama televisivo ao vivo.

Será que isso era algo que pessoas comuns como eles poderiam presenciar?

Cláudio cutucou o braço de Gael.

- Tem pipoca?

Assistir a um drama sem pipoca era um desperdício.

Gael, de alguma forma, conseguiu arranjar um pacote de pipoca. Ele realmente tinha seus truques.

- Vamos lá, compartilhem. Vamos assistir ao show deles, seria um desperdício não assistir.