Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 588

Patrícia corou e desviou o olhar:

- Esses camarões parecem ótimos, vou provar um.

Antes que ela pudesse pegar um, Teófilo rapidamente colocou um camarão descascado em sua boca.

- É bom?

Após saborear, Patrícia sentiu o sabor picante e fresco exalar por suas papilas gustativas.

Era um gosto familiar que há muito não sentia, fazendo ela arfar e beber apressadamente a água com limão, tentando amenizar a intensidade do tempero.

- Está muito picante? - Indagou Teófilo, preocupado.

- Um pouco, mas está delicioso. - Patrícia era do tipo que, mesmo que a comida estivesse ardendo, não pararia de comer. Apesar de suas orelhas terem ficado vermelhas de tanto ardor, ela não resistia a mais uma mordida.

Teófilo continuava a descascar os camarões com agilidade, embora não acompanhasse o ritmo voraz de Patrícia.

- Vá devagar

- Você deveria vender esses camarões no mercado, seria um desperdício não fazê-lo. - Comentou ela entre goles de água, ainda elogiando as habilidades dele.

Teófilo sorriu indulgentemente, sem responder. Será que ela realmente achava que qualquer pessoa poderia provar os camarões que ele preparava?

Patrícia, talvez por estar há tanto tempo sem comer algo assim, devorava a comida, indiferente ao ardor.

Ela tinha dificuldade para descascar por si mesma, então Teófilo rapidamente preparou outro camarão para ela.

Sem que precisasse oferecer, ela inclinou a cabeça para frente, abriu a boca e devorou o camarão diretamente das mãos de Teófilo, consumindo-o numa única mordida.

Teófilo ficou paralisado.

Patrícia havia comido tão rapidamente que tocou a pele dele, mesmo ele usando luvas descartáveis, e ele não pôde ignorar aquela sensação suave.

Era como se uma pluma tivesse tocado seu coração e fugido. Seu coração batia acelerado. Teófilo sentia o ritmo cardíaco disparar.

"Sou novo aqui, onde posso conseguir um marido assim? É distribuído pelo governo? Se não tiver músculos ou não souber cozinhar, posso devolver?"

Quando Teófilo voltou com as frutas, viu que Patrícia digitava sem parar no celular.

Ao vê-lo com o prato de frutas, ela rapidamente jogou o celular para o lado, lançando a ele um olhar um tanto culpado:

- Tão rápido?

- Eu já tinha cortado e deixado na geladeira, só precisei montar o prato.

Patrícia arregalou os olhos, surpresa com o quanto ele era atencioso.

Percebendo o que ela pensava, Teófilo colocou o prato de frutas na mesa, apoiou a mão na borda da cadeira dela e se inclinou lentamente para mais perto, sua sombra cobrindo amplamente Patrícia.

A presença dominadora de um homem a envolveu imediatamente, e Teófilo, com uma voz suave, disse:

- Bobinha, eu te amo tanto, como é que não conheceria os teus hábitos?