Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 668

Patrícia e Agatha faziam compras juntas, e uma sensação sutil permeava o ar, marcando a primeira vez que Patrícia saía com sua sogra.

Ela começava a entender o que significava realmente ser rica. Mesmo tendo muitas roupas em casa ainda com etiquetas, Agatha levantava a mão e adquiria mais uma pilha sem hesitar.

Patrícia não tinha certeza se estava habituada a gastar tanto, mas agora, diante desses preços, sentia uma pontada no coração.

Agatha, por sua vez, parecia completamente à vontade:

- Gaste, por que não? Prefere deixar que a amante do seu marido gaste? Não se preocupe, se tem uma coisa que não falta à família Amaral é dinheiro. - Patrícia sorriu, constrangida, enquanto ouvia Agatha continuar. - A família Moura também é assim.

Patrícia não sabia muito sobre a situação financeira da família Moura, sabendo apenas vagamente que Agatha, desafiando todas as expectativas, escolhera se casar com Felipe. Ela havia rejeitado um homem que cresceu com ela desde a infância, provocando a fúria de seu pai.

A família Moura tentou impedir o casamento, mas sem sucesso. Depois de casada, Patrícia soube que Agatha não foi bem acolhida na família Amaral, e a família Moura tentou resgatá-la várias vezes.

Naquela época, Agatha estava completamente apaixonada por Felipe, sempre acreditando que ele retornaria, até que a paciência de sua própria família se esgotou depois de suas incessantes brigas e tentativas de suicídio por cortar os pulsos.

Após mais uma tentativa de suicídio, a família Moura ficou extremamente desapontada e finalmente desistiu dessa filha, cortando todos os laços com ela.

Inclusive Teófilo e a família Moura também não mantinham proximidade.

Ouvindo Agatha falar da família Moura, Patrícia viu um lampejo de tristeza em seus olhos e não pôde deixar de perguntar:

- Mãe, você se arrepende?

- Como eu poderia não me arrepender? Por um homem, abandonei minha família, deixei minha terra natal para casar com ele a todo custo. Agora, pensando nisso, parece um sonho, tão tolo... já se passaram mais de vinte anos, que ridículo.

Agatha é uma mulher competitiva e, mesmo sentindo arrependimento, ainda mantém um sorriso no rosto, fingindo ser forte.

Patrícia, segurando seu braço, deu a ela um leve tapinha para confortá-la.

- Fique tranquila, eu não tenho medo nem da morte, então por que teria medo de viver? - Agatha se virou com um olhar amoroso para Patrícia. - Escolha algumas peças também, não tenha medo de gastar. Apesar de eu ter feito tanto barulho durante a maior parte da minha vida, se há algo que certamente não me falta, é dinheiro.

Embora a família Moura tenha cortado laços com ela, isso foi apenas uma expressão de desapontamento dos mais velhos, esperando que isso a fizesse reconsiderar e voltar para casa. Eles nunca a trataram mal financeiramente, enviando transferências mensais significativas para sua conta bancária e para as contas de seus pais e irmãos.

Além disso, a família Amaral sempre sentiu que lhe deviam algo, e os lucros que ela recebeu ao longo dos anos foram substanciais. Somando tudo ao longo de mais de vinte anos, isso se tornou uma quantia imensa.

Agatha estava sentada na sala VIP, observando os modelos desfilarem com roupas de alta costura.

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