Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 745

Tamires começou a falar, tentando aconselhar Patrícia, mas ela fez um gesto com a mão, interrompendo:

- Eu quero descansar um pouco. Não deixe aquela pessoa entrar. Eu não quero vê-lo.

- Está bem...

Tamires cobriu Patrícia com um cobertor e saiu. Do lado de fora, Teófilo segurava Diego, cujas grandes lágrimas rolavam pelo rosto, conferindo a ela uma aparência particularmente miserável.

- Papai, eu quero a mamãe. - Disse Diego, agarrando o colarinho de Teófilo com voz triste.

Diego estava prestes a completar três anos e já expressava claramente seus sentimentos.

Havia muito tempo que ele não via sua mãe e o pequeno não compreendia por que, de repente, ela se tornara tão hostil, quando antes sempre o abraçava. Ele apenas desejava um abraço da mamãe.

Teófilo o segurava com um braço, exibindo uma expressão indescritivelmente triste:

- Mamãe está doente, por enquanto ela não pode te abraçar.

- Doente? - Os olhos redondos de Diego giravam em confusão. - É mesmo?

Então, ele imitou o som de tosse que fazia quando estava resfriado, e Teófilo gentilmente beliscou a ponta do seu nariz:

- Mamãe está muito doente. Precisa tomar remédio, receber injeções.

- Certo, vamos dar remédio para a mamãe, ela com certeza vai melhorar.

Teófilo suspirou silenciosamente:

- Eu vou te levar de volta.

Enquanto passavam pelo jardim, Diego pareceu se lembrar de algo e apontou para as flores que floresciam no jardim e depois para sua própria cabeça:

- Uma coroa de flores, papai, mamãe usava uma coroa de flores.

Uma dor forte atingiu o coração de Teófilo, aquele era um evento que havia acontecido há mais de um ano, e ele não esperava que Diego ainda se lembrasse.

Eles, uma família de três, haviam acampado ao ar livre, onde ele e o menino haviam colhido muitas flores selvagens e feito uma coroa de flores para Patrícia usar.

Embora Diego fosse pequeno, ele claramente se lembrava de como sua mãe estava feliz naquele dia, usando a coroa de flores.

Se ela teve um momento de reflexão sobre ele não estar mentindo para ela, esse pensamento se evaporou com esse gesto.

Teófilo realmente a tratava como uma idiota, uma trapaça após outra, ele realmente achava que ela era tão fácil de enganar?

A enfermeira-chefe entrou como de costume para coletar sangue de Patrícia para exames:

- Srta. Patrícia, como você está se sentindo hoje?

- Melhor, mas ainda sem forças.

- Não se preocupe, em comparação com outros pacientes, você está se recuperando rapidamente. Geralmente, as primeiras duas semanas são muito difíceis, mas depois começa a melhorar um pouco, embora a próxima quimioterapia já esteja se aproximando, ai.

- A próxima? - Patrícia franziu a testa.

A enfermeira-chefe notou sua expressão preocupada e rapidamente mudou de assunto:

- De qualquer forma, deixe as coisas seguirem seu curso natural, Srta. Patrícia, não se preocupe demais. Vou contar uma coisa engraçada para você, eu vi um pai com seu filho roubando flores do hospital há pouco. Que sociedade vivemos hoje, quem vem visitar um doente e ainda rouba flores do hospital sem pagar? Realmente há todo tipo de pessoa no mundo, se os adultos não se comportam, as crianças também não serão boas, se os adultos não têm mérito, as crianças certamente não terão sucesso no futuro.