Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 766

Ele não sabia quanto tempo essa frase fez Patrícia chorar.

Durante o jantar à luz de velas, Teófilo acendeu as velas para celebrar o aniversário do filho.

Patrícia cantou a canção de aniversário junto com ele, e Diego, com as mãos juntas, fez um pedido sério.

- O que você desejou? - Perguntou Patrícia em segredo.

Diego sorriu:

- Se eu contar, não se realiza.

Ele desejava que sua mãe melhorasse logo e que seus pais sempre estivessem ao seu lado.

À luz das velas, Teófilo observava o rosto gentil de Patrícia, desejando que aquele momento pudesse durar para sempre.

Diego ria alegremente, fazendo Teófilo lembrar de seu próprio terceiro aniversário. Ele sabia que seu filho não teria uma infância como a dele, faria tudo para amar Patrícia e Diego.

Patrícia estava especialmente feliz naquela noite, se divertindo com ele e rindo ao seu lado.

Ela até dormiu na mesma cama que Teófilo, com Diego entre eles.

Patrícia, emocionada, comentou:

- Se aquele menino ainda estivesse vivo, será que seria como agora?

Teófilo tentou explicar, mas Patrícia realmente não acreditava que Diego fosse seu filho.

- Paty...

- Estes dias têm sido muito felizes, como se nunca tivéssemos tido desentendimentos. Talvez seja melhor que o menino tenha morrido, ele sofreria neste mundo por minha causa.

Patrícia falou muito naquela noite, e na maioria das vezes, Teófilo apenas ouvia.

Sua voz era lenta, mas Teófilo sentia uma inquietação sem motivo.

Ele tinha a sensação de que estava prestes a perder Patrícia.

Até que a noite se aprofundou, e Diego já sonhava há tempos, Patrícia beijou o rosto dele.

O menino se aninhou em seu colo, murmurando:

- Mamãe.

Ela acariciava o rosto do menino gentilmente, perdida em pensamentos.

Teófilo, com a mente inquieta, só conseguiu adormecer profundamente na madrugada, enquanto Patrícia passou a noite em claro, com inúmeras imagens passando rapidamente por sua mente.

Sua vida tinha sido espetacular e trágica.

Finalmente, quando o dia estava prestes a clarear, ela soltou Diego.

- Paty, Paty, onde você está?

Procurou em todos os cantos da mansão, mas não havia sinal dela. Lucas também confirmou que Patrícia não havia saído.

- Presidente Teófilo, fique tranquilo, a Sra. Patrícia é frágil, como ela poderia fugir? A menos que...

Todos chegaram à mesma terrível conclusão.

Dadas as palavras dela na noite anterior, ela poderia ter escolhido o suicídio.

Desesperado, Teófilo correu para o terraço. Olhando para baixo, só viu precipícios íngremes, sem sinal de ninguém.

Lucas também achava improvável. Se Patrícia tivesse saltado dali, teria caído sobre as rochas abaixo. Se ela quisesse chegar à praia, teria que descer até lá.

Como poderia fazer isso em seu estado?

Teófilo já havia saltado para fora, movido por um pressentimento sombrio.

As palavras de Patrícia na noite anterior pareciam resumir sua vida.

O vento do mar soprou em seu rosto enquanto ele corria em direção à linha da costa, quase caindo várias vezes.

Ao finalmente chegar à praia, encontrou apenas um par de sapatos brancos e uma carta sobre as rochas, com a aliança de casamento brilhando sobre o envelope, atraindo seu olhar.