Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 768

Mansão dos Amaral.

O homem na cama moveu os dedos e, de repente, gritou:

— Paty!

Ele abriu os olhos e se sentou, olhando ao redor com um olhar aterrorizado.

Agatha suspirou aliviada:

— Você finalmente acordou. Esteve inconsciente por três dias e três noites.

A memória de Teófilo ainda estava na praia, e ele perguntou rapidamente:

— Mãe, Paty foi encontrada?

Agatha sentiu uma dor no coração, receosa de contar a ele o desfecho.

— Filho, você precisa estar preparado, Paty... Ela já...

— Impossível, Paty não pode estar morta! — Teófilo não conseguia aceitar essa realidade.

Ele desceu da cama descalço e correu para a porta.

— Paty, onde você está? Está se escondendo de mim? Paty, não se esconda!

Teófilo procurava sem destino definido, entrou no quarto no primeiro andar, tudo ainda estava como quando Patrícia foi embora.

A cama estava meticulosamente arrumada, as flores no vaso, frescas cortadas do jardim há uma semana, agora murchas e pendendo a cabeça sem vida.

O livro que ela estava lendo ainda estava aberto na página onde parou.

Tudo estava como antes no quarto, exceto por Patrícia não estar mais lá.

Ele abriu a porta do jardim, indo para o lugar que ela mais gostava.

Lá, só havia uma cadeira de rodas e flores deslumbrantemente belas.

Teófilo corria pelo jardim como um louco, gritando:

— Paty, onde você está? Por favor, apareça, está bem? Paty, eu errei, eu realmente sei que errei, você só precisa voltar, farei qualquer coisa.

Seus pés estavam cortados e sangrando pelas pedras, mas ele não se importava. Não importava quanto tempo ele corresse, ele se ajoelhou sob o arco de flores com lágrimas escorrendo pelo rosto.

Ela tinha partido, deixando ele dessa maneira.

Roberto suspirou:

— Você precisa entender, ela. Aguentar até agora já foi muito difícil. A dor física era insuportável, cada segundo era uma tortura, ela não tinha outra escolha.

— Como não tinha? Eu já estava procurando por Daniel, ela poderia ter esperado um pouco mais, talvez houvesse uma solução!

— Presidente Teófilo, eu não nego que seu amor por Patrícia é profundo, mas você realmente não sabe amar. Você nunca considerou o que Patrícia queria, apenas a forçava a viver de acordo com suas exigências. Ela é uma pessoa, não um animal de estimação. Ela tem seus próprios pensamentos, também sente dor e chora.

Ele continuou falando:

— Você sabe, você marcou ela com cicatrizes e continuou rasgando-as repetidamente. Ela é apenas uma mulher que sofreu a dor de perder familiares, amigos e filhos várias vezes. Mesmo que a doença dela pudesse ser curada, quanto tempo levaria para que as cicatrizes em seu coração sarassem?

Roberto olhou para Teófilo, que estava ajoelhado no chão, consumido pela dor, sem um pingo de simpatia em seus olhos.

Ele falou calmamente:

— Presidente Teófilo, a Sra. Patrícia faleceu, por favor, não se desespere demais!