Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 77

Teófilo acreditou apenas parcialmente, Luciana não se atrevia a enganar a si mesma.

- Ela ficou doente recentemente?

- Sim, eu e meu ex estávamos brigando e a ignoramos, mas felizmente Roberto preparava suas refeições todos os dias.

Luciana queria revelar a verdade a Teófilo, mas o relacionamento deles era tão complicado que nem mesmo Patrícia conseguiria explicar.

Ela não sabia como essa revelação afetaria os dois, então tinha que respeitar a decisão de Patrícia.

Ao pensar no rosto pálido de Patrícia, Teófilo perguntou novamente:

- Que doença ela teve?

O coração de Luciana deu um salto.

Sob o olhar perspicaz de Teófilo, ela não podia mostrar nenhum sinal de emoção.

- Gripe.

- Apenas gripe?

- O que mais poderia ser? A saúde de Patrícia sempre foi ótima.

- Também é verdade. - Teófilo concordou. Ela provavelmente estava apenas fingindo fraqueza para conquistar compaixão e evitar o divórcio.

Obtendo a resposta que queria, Teófilo disse uma última coisa antes de se levantar:

- Se você estiver interessada, pode começar a trabalhar no Grupo Amaral amanhã.

Os olhos de Luciana se iluminaram.

O Grupo Amaral era uma grande empresa, se ela pudesse trabalhar lá, não precisaria se preocupar com a opinião de ninguém!

- Obrigada, Teófilo, você é magnânimo.

Ao ver Teófilo sair, Luciana o alcançou e perguntou:

- Teófilo, não consigo falar com a Patrícia pelo telefone, você a viu?

Teófilo virou-se para olhá-la.

- O que você acha?

Desde que ela caiu na água e viu Teófilo sair com Mariana, ela abraçou sua barriga enquanto a escuridão a envolvia aos poucos.

Ela temia que o filho se afastasse dela.

Quando acordou novamente, estava na mesa de operações do hospital, com uma luminária branca brilhante sobre a cabeça.

Na dor, ela se despediu do próprio filho.

Assim, ela temia a escuridão e também a luz excessivamente brilhante.

Como o pequeno banheiro estava cheio de água fria, embora não a sufocasse, a fazia lembrar do dia em que caiu na água.

Ela implorava loucamente, esperando que alguém a tirasse de lá. No entanto, as paredes à prova de som do 38º andar silenciavam completamente todos os seus sons.

Assim como naquele dia, mesmo que ela gritasse até ficar rouca, não conseguiria mudar o desfecho.

O corpo de Patrícia já não tinha mais temperatura, a voz há muito tempo havia se tornado rouca.

Ela estava fria e entorpecida, a voz gradualmente se enfraquecendo.

- Socorro, qualquer um, me ajude...