Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 777

— Não! — Agatha gritava, com grande dor no coração.

Um erro levava a outro, tudo porque ela valorizou muito o amor naquela época, resultando no que sua família se tornou.

Um irmão que não parecia um irmão, uma irmã que não parecia uma irmã.

Teófilo cumpriu sua palavra e realmente incapacitou as mãos e as pernas de Rafaela, deixando ela completamente inválida.

Agatha ficava ao lado de Rafaela, como se servisse para compensar o amor materno que havia faltado.

Ela cuidava de Rafaela todos os dias, sem se importar com o incômodo, lavando ela, penteando seus cabelos, alimentando ela.

O amor materno que faltou na infância de Rafaela foi completamente compensado, e ela não tinha grandes expectativas para o futuro.

Para ela, viver ou morrer não fazia diferença.

Além do calor ocasional de Simão em sua vida, ela já se havia se acostumado ao frio e à feiura da natureza humana.

Ser tratada assim por Agatha claramente a deixava desconfortável.

A mãe que antes a detestava, o irmão que era gentil com ela.

Agora a situação estava completamente invertida, Teófilo a detestava profundamente, enquanto Agatha era extremamente gentil, vivendo e comendo com ela todos os dias, até mesmo lavando seu corpo.

No início, Rafaela não falava, como uma boneca de madeira, sem sentir dor ou saber sorrir.

Três dias depois, ela falou com Agatha pela primeira vez:

— Por quê?

Agatha se assustou quando ela falou de repente, seguido de alegria:

— Rafaela, você está falando com a mamãe?

A expressão feliz no rosto dela deixou Rafaela ainda mais confusa:

— Por que você está sendo tão boa comigo? Você não me odiava?

Ela também não sabia que tinha sido envenenada, o que causou confusão mental e levou ela a agir de maneira extremamente errática, mesmo sabendo a causa mais tarde já era tarde demais.

As consequências amargas ainda tinham que ser suportadas por ela, também causando traumas psicológicos nas crianças.

— Alguém me envenenou, paralisou meus nervos cerebrais, causando uma grave doença mental. Quando eu tinha crises, não só me machucava como também machucava vocês. Depois de muitos anos de tratamento, estou curada, mas perdi vocês para sempre. Não espero que você me perdoe, eu só quero cuidar de você pelo resto da minha vida e compensar os danos que causei. — As lágrimas de Agatha caíam no pescoço de Rafaela. — Minha querida filha, desculpe, por ter feito você sofrer.

— Você... — A pupila de Rafaela tremia violentamente, e sua voz estava trêmula. — Você realmente me ama?

Tudo o que ela buscava na vida era ser amada.

— Minha filha, não seja boba, você nasceu de mim, como eu poderia não te amar?

As lágrimas de Rafaela caíam sem parar:

— Eu esperei por este dia por muitos anos, mãe.

Ela chamou com dificuldade esse título.