Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 783

Antiga Mansão dos Bastos

Simão finalmente estava fora de perigo e só então Enrico conseguiu respirar aliviado.

— Mano, você finalmente acordou. Você não tem ideia de quanto eu estava preocupado com você.

Simão, que havia acabado de acordar, ainda parecia pálido, mas sorriu para tranquilizar o irmão:

— Como eu poderia pensar em deixar você, olha só o seu cabelo, está quase como o de um leão.

Enrico é um designer e, portanto, sempre se veste com estilo. Nos últimos dias, ele ficou ao lado de Simão sem cuidar de si mesmo e seu cabelo loiro estava despenteado e bagunçado, como o de um cachorrinho.

— Mano, você ainda tem humor para brincar comigo, mesmo depois de tudo isso.

— O que você quer dizer com 'tudo isso'? Eu ainda estou vivo, isso já é muita sorte.

Enrico resmungou:

— Com tanta dificuldade encontramos alguém compatível para doar um rim e justo quando isso acontece, surge esse acidente.

— Ninguém espera por um acidente de carro.

— Mano, você é muito bondoso. No começo do ano, eu já tinha organizado tudo para você. Não se preocupe se é legal ou não, o importante é você continuar vivo. Mesmo que não vendessem para você, acha que essas pessoas conseguiriam sobreviver? Eles apenas procurariam o próximo. — Nesse momento, Enrico também se sentiu frustrado. — Mano, falar nisso, nossa família Bastos tem sido muito azarada nos últimos anos. Marcelo teve um acidente estranho de carro, embora tenha sobrevivido por pouco, suas pernas ficaram inutilizáveis.

Simão sorriu pacientemente:

— Não tem problema, sempre vamos encontrar alguém que esteja disposto. Aliás, aconteceu alguma coisa nesses dias?

— Nada de grande. — De repente, Enrico se lembrou de algo. — Ah, a Srta. Patrícia ligou para você.

— Srta. Patrícia? Patrícia?

— Sim.

— Deve ser algo importante. Não esqueça que nossa família Bastos ainda deve a ela um grande favor.

— Mano, eu sei. Eu perguntei, mas ela não disse nada naquela hora e, como você também estava em apuros, eu não insisti.

O copo na mão de Simão caiu no chão com um estrondo e um olhar de incredulidade passou por seu rosto.

— O que você disse? Como ela poderia ter morrido assim de repente?

Yuri teve que contar a notícia que descobriu para Simão:

— A Srta. Patrícia morreu de câncer. Ela provavelmente queria perguntar se você tinha alguma solução melhor antes de morrer, mas ela não aguentava mais a dor da doença e escolheu se jogar no mar para acabar com sua vida.

A imagem de Patrícia surgiu na mente de Simão, sem acreditar que o apressado adeus da última vez seria um adeus eterno, e ele nem tinha tido a chance de se despedir dela.

— Ela já foi enterrada? — Simão perguntou com voz grave. — Eu quero acompanhá-la em seu último caminho.

— Já foi enterrada.

Simão suspirou profundamente, com uma expressão de profundo pesar:

— É uma pena.