Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 886

No reencontro, Patrícia estava visivelmente mais alegre do que no passado e até brincava com isso.

Luciana passou a mão na cabeça dela e disse:

— Minha Paty finalmente superou aquele relacionamento difícil. Estou tão feliz por você.

— Sim, antes eu sentia que a vida não valia a pena, cada dia era um tormento. Desde que encontrei a criança, parece que alguém dispersou a névoa escura diante de mim. Agora, a vida vale a pena.

Luciana olhou fixamente para Joyce, com um brilho de inveja nos olhos:

— Que bom para você.

—Você também não é mais tão jovem. Não encontrou alguém para desenvolver um relacionamento nesses anos?

Ao perceber o quanto ela gostava da criança, Patrícia não pôde deixar de perguntar um pouco mais.

Não sabia se era apenas sua impressão, mas sempre que tocavam nesse assunto, Luciana parecia desconfortável e mudava rapidamente de tópico.

— Embora meu charme ainda seja o mesmo e muitos me persigam, estou muito ocupada. Quando teria tempo para um relacionamento?

Patrícia cobriu a boca, rindo:

— Você está tão ocupada e ainda arranjou tempo para me ver. Devo me sentir sortuda?

— Que tipo de relação nós temos? Mesmo que eu estivesse pensando em suicídio, teria que arranjar tempo para te ver primeiro.

— Meu Deus, não fale assim. Você ainda fala sem pensar. Não sabe que o que é ruim pode se tornar realidade e o que é bom pode não se concretizar?

— Depois de tantos anos, como você pode se tornar ainda mais irracional? Eu me lembro que você costumava dizer que não acreditava em destino.

Patrícia pegou uma xícara de café quente e tomou dois goles:

— Naquela época, eu era jovem e sempre pensei que era a protagonista que poderia mudar o mundo. Mas a realidade me torturou repetidamente e percebi que sou apenas um pequeno ser. Por mais que me esforce, não posso escapar do destino.

— Como podemos estar falando como velhos jogando xadrez? Ainda não temos nem setenta ou oitenta anos! — Luciana apoiou o queixo na mão, refletindo seriamente.

— Talvez esse seja o preço do crescimento.

— Francamente, quais são seus planos agora?