Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 888

Durante o caminho de volta, Patrícia permaneceu em silêncio, com imagens dela e Luciana nos tempos de estudantes constantemente vindo à sua mente.

Elas teriam rido mais livremente se soubessem o que o futuro lhes reservava?

Quando o carro chegou em casa, Davi, sempre atencioso, foi o primeiro a tirar a criança do carro.

Patrícia não entrou imediatamente, em vez disso, ficou parada sob um poste de luz, contemplando a neve que caía, perdida em pensamentos.

— Eu sei que você está aí.

Uma figura apareceu de trás do poste, Teófilo, observando ela de longe:

— Eu disse que não iria perturbar sua vida.

Os dois se encararam, e Patrícia, olhando nos olhos dele, percebeu que não conseguia ver através deles com um simples olhar.

— Obrigada por aquela noite.

Independentemente do que aconteceu entre eles, se não fosse por ele ter agido rapidamente para conseguir o dinheiro para resgatá-la, ela teria caído nas mãos daqueles demônios e estaria arruinada para sempre.

— Eu falhei em proteger a Srta. Patrícia.

Ele devia estar lá fora há algum tempo, pois seus ombros e cabelos estavam cobertos por uma camada grossa de neve.

Patrícia caminhou lentamente em sua direção, e Teófilo parecia inquieto.

Ele não tinha certeza se Patrícia já havia descoberto sua verdadeira identidade e não conseguia prever o que ela faria se soubesse.

A noite silenciosa estava deserta, e logo o chão se cobriu de uma camada espessa de gelo e neve.

Patrícia pisava sobre ela, produzindo um som crocante.

O coração de Teófilo também batia acelerado ao ritmo do som da neve compactada.

Quando Patrícia chegou até ele, levantou a mão para tirar a neve de seus ombros.

Ela estava...

— Eu já fiz a reserva, amanhã irei ao banco.

— Encontre um lugar seguro e viva bem sua vida, se case com uma boa moça trabalhadora, e se eu tiver um futuro, ficarei ansiosa para nos encontrarmos novamente. — Patrícia sorriu gentilmente para ele. — Raul, você é uma boa pessoa, vamos deixar assim, daqui para frente, eu seguirei meu caminho sozinha.

Dito isso, ela se virou e saiu, sem olhar para trás.

— Srta. Patrícia, você já gostou de mim? Mesmo que um pouco? — Ele perguntou de trás.

Patrícia pausou seus passos, olhando para baixo para as pegadas que ela mesma havia feito.

— Não, nunca, eu sinto muito, eu não vou me apaixonar por mais ninguém nesta vida.

Teófilo a observou adentrar a neve intensa, sentindo como se um espinho perfurasse seu coração, doendo a cada toque.

Ela mais uma vez recusou uma aproximação dele, cortando todas as possibilidades entre eles.

Patrícia estava decidida, ela só esperava que Raul a esquecesse e começasse uma nova vida que fosse só dele.

Quanto a ela, mesmo que o caminho à frente estivesse cheio de dificuldades, ela só tinha que seguir em frente com coragem.