Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 89

A atmosfera na sala tornou-se subitamente tensa, como se o próprio ar tivesse se solidificado.

Diante da iminente explosão da guerra, Fábio interveio rapidamente:

- Teófilo, enfim, o importante é que a Patrícia está bem, tudo está bem quando termina bem.

Teófilo desviou o olhar de Patrícia, como se não quisesse desperdiçar mais palavras com alguém assim, e virou-se sem expressão.

- Cuide-se bem.

Patrícia conteve-se várias vezes, mas finalmente não aguentou mais, olhando para o homem arrogante que sempre se achava certo, ela abruptamente jogou o mingau em sua direção.

- Eu realmente estou cansada de você!

Ele que a tinha perseguido no passado, ele com quem ela se casou, e era ele que a forçava a abrir mão de tudo com seu forte desejo de posse.

Agora que ela mesma se tornou assim, ele ainda tinha a audácia de dizer que ela estava fingindo.

O mingau branco e espesso atingiu as costas de Teófilo, os grãos de arroz e o caldo escorrendo por seu terno de alta costura.

Teófilo olhou para ela cheio de frieza, a raiva evidente em seus olhos.

Ele se aproximou rapidamente de Patrícia, e Fábio, vendo a situação, acendeu o pavio dos fogos de artifício:

- Isso ia explodir!

Rapidamente estendeu a mão para impedir, com uma expressão ansiosa:

- Teófilo, foi sem querer, Patrícia certamente fez isso sem querer, Patrícia, diga alguma coisa.

Patrícia, com a cabeça erguida, falou com frieza:

- Foi sem querer.

Fábio suspirou aliviado.

- Teófilo, você ouviu, foi sem querer...

Antes que ele terminasse, Patrícia, sem medo da morte, acrescentou:

- Se não foi sem querer, eu deveria ter atingido a parte de trás da sua cabeça! Deveria ter te matado, maldito cachorro ladrão.

Fábio:

- Isso...

Era como jogar gasolina no fogo.

Teófilo afastou Fábio com força, deu alguns passos na direção de Patrícia.

Vendo isso, Fábio, desesperado, tentou intervir.

- Teófilo, foi sem querer, Patrícia está só brincando, diga alguma coisa, Patrícia.

Patrícia, furiosa, pegou uma garrafa de remédio da mesa de cabeceira e a abriu de uma vez, pulando da cama.

Com uma determinação semelhante à de Wu Song enfrentando o tigre, ela levantou a mão e atirou a garrafa de remédio na cabeça de Teófilo.

- Cachorro ladrão, estou disposta a brigar contigo!

Ninguém apostaria sua própria vida assim.

Nem mesmo um adivinho poderia prever que saltar do sétimo andar não causaria danos.

Se Teófilo não tivesse a segurado, se o colchão inflável de Lucas tivesse chegado um momento mais tarde, ela estaria morta, com certeza.

Mas Teófilo já tinha decidido que Patrícia estava apenas brincando com a situação.

As palavras dos outros não eram nada para ele.

Fábio trouxe uma enfermeira para arrumar as coisas.

Ele abaixou a cama pacientemente e consolou:

- Srta. Patrícia, por que não podemos conversar civilizadamente? Não seja tão extrema. Teófilo ainda se preocupa com você. Ele ficou do lado de fora vigiando você a noite toda. Você deveria...

Patrícia não queria ouvir nada disso, ela só fez uma pergunta:

- Fábio, os resultados dos exames podem estar errados?

Ao ouvir isso, Fábio ficou sério imediatamente.

- Patrícia, você pode insultar meu caráter, mas não minha profissão. Os exames foram realizados por especialistas, como poderiam estar errados? - Ele suspirou de alívio.

- Ontem à noite, quando descobri que seus glóbulos brancos estavam tão baixos, eu quase tive um susto. Pensei que fosse... Aliás, Patrícia, você não passou por nenhum tratamento recentemente, certo?

Dentro de suas responsabilidades como médico, Fábio fez mais uma pergunta.