Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 91

Nos últimos dois dias, Teófilo não deu as caras.

Era apenas Luciana, cuidando de Patrícia, enquanto desabafava:

- Será que o Teófilo está enfeitiçado? Por que ele está agindo de forma tão estranha? Diz que quer o divórcio, depois não aguenta te ver com outra pessoa, e agora acusa você de fingir estar doente. Que tal você arranjar umas varas de salgueiro para ele espantar esses maus espíritos?

Patrícia respondeu com serenidade:

- Ele não está enfeitiçado, ele está doente.

Depois de dois dias de descanso, além dos velhos problemas no estômago, ela estava praticamente recuperada.

Joaquim sugeriu fazer um novo exame, mas Patrícia recusou com um sorriso, dizendo que já havia feito exames em outro hospital e estava em tratamento.

Joaquim não pensou muito nisso e investigou secretamente por dois dias antes de trazer as respostas.

- Luciana está aqui também? - Joaquim vestia um jaleco branco sobre uma camisa social branca com uma gravata preta e calças sociais pretas, uma figura imponente.

Luciana parou de reclamar de Teófilo, ergueu as sobrancelhas e assobiou:

- Ah, o Capitão não decepciona. Este uniforme seria um traje elegante em qualquer outra pessoa, mas em você, Capitão, parece mais uma fantasia provocante.

Joaquim riu gentilmente, apontou para o distintivo de especialista em seu peito e disse:

- Luciana, você pode questionar minha aparência, mas não minha expertise.

Luciana brincou por um tempo, enquanto Joaquim continuava sorrindo.

- Patrícia, faça mais um exame antes de ser liberada.

- Luciana, espere por mim um momento. Eu volto logo.

Luciana estava comendo cerejas.

- Quer que eu vá com você?

Patrícia acenou com a mão.

- Não precisa, é apenas um exame de rotina.

Dizendo isso, ela saiu com Joaquim.

- A pessoa é bastante habilidosa, entende de operação de computadores e até hackeou as câmeras de vigilância. Como o departamento de radiologia já é menos frequentado, foi fácil para ele se infiltrar. Felizmente, uma faxineira testemunhou o incidente e forneceu detalhes.

Patrícia deu um gole na água e colocou o copo de volta, perguntando:

- Essa pessoa é homem ou mulher?

- Pela descrição da faxineira, ele estava vestindo o uniforme do hospital, é um homem alto, aproximadamente 1,85m, forte, e usava grandes óculos escuros no rosto. Ela não conseguiu ver claramente o rosto dele.

- E há algum sinal distintivo?

Joaquim assentiu:

- Sim, ele tem uma pinta preta na orelha direita. Provavelmente por se sentir culpado, ele saiu apressado e quase escorregou em um lugar que tinha acabado de ser limpo. A faxineira conseguiu ver, pela manga que ele deixou exposta, uma tatuagem de uma águia. Naquele dia, ela não pensou muito sobre isso, mas depois percebeu que, antes de entrarmos no serviço, todos passamos por verificações, e normalmente, não é permitido ter tatuagens nas mãos.

Patrícia baixou os olhos para o copo de água, refletindo:

- Apenas uma tatuagem pode não ser suficiente para identificá-lo.

- Patrícia, não se preocupe. Já enviei as gravações das câmeras que ele adulterou para um especialista em segurança cibernética. Deve ser restaurado em breve e eu vou informar você assim que tivermos mais informações.