Sinto muito, Sr. Teófilo, a senhora faleceu romance Capítulo 917

Patrícia inicialmente pensava que aquilo poderia causar uma má impressão.

Entretanto, ao refletir mais sobre isso, percebeu que as pessoas já possuíam preconceitos contra ela e que, de fato, já havia causado uma má impressão a todos.

Mesmo que permanecesse ali, de pé, cuidando de Teófilo, aqueles que a desprezavam continuariam a fazer iso.

Então, por que se preocupar com os olhares alheios?

Ela já se encontrava fisicamente debilitada e havia ficado em pé por tanto tempo que suas panturrilhas doíam.

Se se deitasse ao lado da cama, provavelmente sofreria com dores terríveis nas costas e lombares.

— Tudo bem, você pode ir.

Patrícia retirou os sapatos e as meias e subiu na cama, enquanto Ivone a observava com uma raiva intensa.

— Você, que mulher sem vergonha, o que está fazendo?

Patrícia piscou, com uma expressão de inocência, e respondeu:

— Como você pode ver, estou cansada e vou descansar.

— Como você pode dormir na mesma cama que ele? — Ivone estava quase pulando de nervoso.

Patrícia, ainda mais impotente, disse:

— Eu também não quero, mas ele me segura e não me solta. — Enquanto falavam, Patrícia já se havia deitado de lado e falou lentamente. — Além disso, Srta. Ivone, por que está tão agitada? Não é apenas dormir na mesma cama, já fizemos coisas muito mais íntimas, o que isso tem a ver com você?

Com essa frase, Ivone ficou sem saber o que responder.

Ela só conseguiu repetir a mesma frase de sempre:

— Vocês já se divorciaram! Se tivesse um pouco de vergonha, não continuaria insistindo nele.

— Desculpe, Srta. Ivone, acho que você está confundida, a pessoa que está sendo insistente aqui sou eu.

Lucas, segurando o cobertor, correu rapidamente e disse:

— Sra. Patrícia, aqui está o cobertor, descanse um pouco, você também está cansada hoje.

Ivone, ainda não convencida, disse:

— O que ela fez para estar tão cansada?

Patrícia não lhe deu atenção, apenas ficou quieta ao lado de Teófilo.

Ela não conseguia dormir, temendo que ele desenvolvesse uma infecção ou febre que não recuasse.

Assim, de tempos em tempos, ela checava a temperatura de Teófilo com a mão.

A noite no quartel era muito tranquila, especialmente perto do hospital, onde muitas árvores foram plantadas.

Olhando à distância, só se podiam ver as grandes árvores com seus troncos encurvados pelo peso da neve, sem vislumbre de grandes prédios.

Seu coração finalmente se acalmou e sua mente começou a girar rapidamente.

Aqueles que tentaram assassiná-la no passado sempre usaram métodos sinistros, nunca algo tão descarado como um confronto aberto nas ruas.

Essa não parecia ser a maneira de assassinos que evitam o confronto, mas sim de uma organização ilegal de baixo escalão, direta mas cruel.

Ela só não sabia se essas pessoas estavam atrás dela ou de Teófilo desta vez.

Patrícia tinha um pressentimento de que algo ruim estava prestes a acontecer.