Só Teu! Volume II da Trilogia Doce Desejo. romance Capítulo 41

No inverno de 2017 fazia um ano e meio que a família residia na nova casa. A luz do luar inundava o quarto da bebê. Nicole levantou da poltrona de amamentação e caminhou até a cômoda com trocador branco.

― Fofinha, por que você não dorme?

Nicole deu um sorriso aberto enquanto colocava a fralda da filha, que completou 14 meses de vida. Os olhos pequenos olhavam para mãe, Jullie exibiu os quatro dentinhos de leite e balançou o mordedor rosa em formato de unicórnio.

― Você gosta de dormir no colo do seu pai, não é? ― Colocou a calça rosa, as meias e, em seguida, o casaquinho. ― Seu pai foi colocar os seus irmãos para dormir.

― Onde está o amorzinho do papai?

Alexander abriu a porta e seguiu até o berço próximo às paredes decoradas com alguns adesivos de nuvens. As mãos gordinhas levaram o mordedor até a boca, Jullie abriu um sorriso largo ao ouvir a voz do pai.

― Mamãe não conseguiu colocar você para dormir? ― Tirou os óculos, colocou em cima da cômoda ao lado do berço e deu um beijo na testa de Nicole. ― Vem cá com o papai! ― Pegou a bebê que não parava de mexer as pernas e as mãos.

― Os meninos já dormiram?

Nicole ajeitou o porta-fraldas e colocou o ursinho favorito de Jullie em um dos nichos pintados de rosa.

― Já! Eu estava jogando videogame com eles e, do nada, o Rodolpho apagou na cama e o Alex me deu um beijo e deitou.

Alexander encostou a bebê contra o peito e se ajeitou na poltrona branca acolchoada.

― Por que nossos filhos só dormem com você? ― Os olhos castanhos prestaram atenção no jeito que ele mimava e cuidava da filha. ― Jullie não dorme enquanto você não vem.

― É porque o papai brinca com a princesa! ― Levantou a filha, o sorriso aumentou ao ouvir a menina gargalhar. ― Esses dentinhos estão lindos!

― Vou aproveitar o seu encanto sobre a Jullie e vou dar um beijo de boa-noite nos meninos. ― Fechou a cortina rosa e andou até a porta. ― Não esqueça de fechar o mosquiteiro, depois de colocar ela no berço.

― Me espere acordada. ― Olhou-a pelas costas e admirou as curvas que se formavam na camisola de seda preta. ― Precisamos fazer mais um desses. ― Beijou a testa da filha.

― Sem chance! ― Negou com a cabeça e saiu do quarto.

Nicole deu alguns passos pelo corredor e entrou no quarto infantil marcado por diferentes cores que harmonizavam entre si. As estampas do super-herói favorito dos filhos podiam ser vistas em cortinas e nas roupas de cama. Puxou o lençol, cobriu Alex e, em seguida, Rodolpho.

― Boa noite, meus docinhos! Durmam bem e sonhem com os anjos!

― Boa noite, mamãe! ― Rodolpho abriu os olhos e suspirou com o carinho da mãe nos cabelos. ― Eu te amo!

― Eu também te amo!

Nicole desligou a luz do abajur antes de sair e fechar a porta. Os pés descalços seguiram pelo assoalho de madeira até o quarto. Ela jogou os cabelos para trás e sorriu para imagem com aspecto cansado que refletia no espelho da penteadeira.

― Está perfeita!

― Que susto! ― Recuou ao ver o homem em pé na porta do banheiro. ― Estou horrível, mas estou feliz. ― Fechou a janela.

― Você é linda de qualquer forma!

Encostou o corpo contra o dela e sentiu o perfume dos cabelos ao abraçá-la. Alexander estava sem camisa, usava apenas uma calça moletom azul com o cós um pouco abaixo da cintura torneada por músculos com aspecto de V invertido.

― Jullie dormiu?

― Sim! Eu cantei para ela e ninei. ― Os olhos claros brilharam.

― Podemos dormir só um pouquinho? Eu deixo você cantar para mim. ― Virou-se para o muro de músculos e o beijou. ― Nós já namoramos de manhã.

― Eu quero você de novo. ― Ele a levantou e encaixou as pernas dela em volta da cintura. ― Eu adoro fazer amor com você.

Caminhou até a cama e puxou a colcha de cetim de algodão bege. Repousou o corpo sobre a enorme cama, a ereção roçou-lhe contra a cintura. A língua pedia passagem em um beijo morno enquanto os dedos traçaram o caminho até as coxas, onde levantou a camisola, que deslizou com certa facilidade pelo corpo curvilíneo. 

Se entregou às carícias e aos beijos vorazes. A pele minava de desejo e luxúria, se contorceu ao toque dos dedos esguios sobre o tecido da calcinha vermelha.

― Você fica linda de vermelho. ― Beijou na altura da barriga, abaixo do umbigo, e rasgou o tecido fino da renda. 

Os olhos de Nicole avistaram a luz do iPhone que insistia em vibrar na cômoda espelhada, no canto do quarto. Arquejou ao toque das longas mãos que escorregaram para dentro, os dedos massageavam-lhe a parte molhada por entre as coxas. Se remexeu ao toque instigante.

― Seu telefone ― disse entre arfadas ― está tocando.

― Quer que eu pare? ― Os olhos maliciosos e cheios de desejos a fuzilaram. ― Você sabe que eu não atendo depois das 10 da noite. ― Comprimiu os olhos ao encará-la.

― Pode ser a Josephiné ― falou a voz baixa.

― Não quero falar com ela. ― Alexander se jogou na cama e deitou a cabeça sobre os braços. Virou a cabeça para o lado. ― O que está acontecendo? ― Os olhos claros estudavam o rosto de Nicole com uma das sobrancelhas levantadas.

― Meu pai ligou hoje pela manhã para conversar sobre os negócios da família ― suspirou.

― E o que você disse?

― Ainda estou pensando sobre isso! ― Desviou os olhos.

― Meu anjo, precisamos sair do Brasil.

― Por que você quer voltar para a França? Meu pai está aqui e agora eu tenho a chance de crescer profissionalmente.

― Porra, Nicky! ― Ele se sentou na cama. ― Depois de tudo o que a nossa família passou, você ainda está pensando sobre isso?

― Vai começar tudo de novo. ― Revirou os olhos.

― Começar? ― bufou. ― Eu quero proteger você e os meus filhos, aqui não é seguro!

― A Joanna está presa e a sua avó não é mais uma ameaça.

Nicole ajeitou a camisola preta e cobriu as partes nuas.

Alexander se jogou de costas sobre a cama, a cabeça estava apoiada sobre as mãos e os olhos se estreitaram em direção ao teto branco.

― Eu não quero brigar com você ― reclamou a voz grave. ― Só quero proteger vocês ― puxou-a pelo braço e a trouxe para perto do corpo.

Nicole tocou-lhe o rosto e segurou por entre as mãos.

― Tem outra coisa. ― Deu um beijo de leve nos lábios carnudos. ― Meu pai disse que a Josephiné quer conversar com você sobre a Marcelly. Ela descobriu que você pretende levar a nossa família para morar na França. Acho que a Josephiné vai voltar para Paris.

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