Marianna abriu os olhos lentamente sentindo seu corpo exausto. Olhou pro lado vendo Guilherme sorrindo pra ela de uma maneira tão única e apaixonante.
_Bom dia, meu bem._Ele beija a testa dela com carinho._Estava te olhando dormir esperando você acordar para tomarmos café juntos. Olhe o que minha mãe mandou fazer.
Ele aponta para uma bandeja totalmente recheada de coisas em cima de uma mesinha. Marianna sorriu ao ver o ato gentil do seu marido ao trazer-lhe café no quarto. Iria se levantar rapidamente, mas parou ao se dar conta de que estava totalmente sem roupa. Ouviu o som da risada de Guilherme que ria das bochechas coradas dela.
_Não sinta vergonha de mim, não depois de ontem, marrenta._Ele pega a bandeja e aproxima da cama._Vamos comer?
Marianna pegou e mordeu um morango sentindo o sabor gostoso e azedo em sua boca. Guilherme rouba-lhe um beijo sentindo levemente o sabor da fruta. Os dois, depois de beliscarem as coisas da bandeja, namoraram um pouquinho. A cama ainda era muito convidativa para os dois.
_Infelizmente eu preciso ir._Guilherme sela os lábios da sua amada com o coração partido._Um pouco tarde pra começarmos uma lua de mel, inclusive no momento em que estamos. Mas prometo voltar pra você assim que der.
_Irei resolver umas coisas também._Ela alisa o rosto de Guilherme com ternura._Volte logo, estarei esperando.
Ele beija sua esposa mais uma vez e depois sai do quarto deixando-a sozinha. Marianna vai pro banheiro e toma um banho relaxante. Arruma-se e depois pega a miniatura enfeitiçada onde tinha escondido. Aperta o objeto contra o peito e então sai do quarto com o coração cheio de esperanças. Encontra apenas Madalena na mesa, bebericando café.
_Bom dia, querida. Provavelmente teve uma ótima noite._Marianna cora ao ouvir de sua sogra tais palavras._Vai sair?
_Bom dia._Respondeu rapidamente._Irei sair sim, resolver uns problemas. Voltarei logo, cuide-se.
Marianna saiu rapidamente antes que ouvisse mais uma frase que a fizesse corar, abraçou seu corpo ao sentir o vento chicotear seu corpo. Logo foi interceptada por Leroy, um dos lobisomens responsáveis pela proteção do casarão.
_Onde a Sra. vai? Tenho ordens para protegê-la e segui-la onde quer que vá._Ele diz gentil.
_Preciso que me leve até o vilarejo Nascente, o mais rápido que puder.
Logo já estavam na carruagem, indo em direção ao vilarejo. Marianna fez uma anotação mental, precisava vencer esse medo de se transformar mais uma vez. Minutos depois, Marianna estava descendo da carruagem com ajuda de Leroy.
_Volte daqui a uma hora, nesse mesmo local. Agora vá, proteja as mulheres e o povo do vilarejo Crescente. Aqui estarei segura.
_Sim, Sra.
Leroy foi embora o mais rápido que pudia, não podiam dar brechas ao inimigo. Marianna colocou o capuz na cabeça e começou andar até a casa de Mayk. Seu coração ardia ao imaginar que iria livrá-lo de ser um sanguessuga solitário, não desejaria isso nem pro seu pior inimigo. Bateu na porta da simples casa aguardando ser atendida o mais rápido que pudia. Bateu mais umas vezes e não foi atendida, estranhou. Girou a marçaneta empurrando a porta vagarosamente, torceu para que estivesse tudo bem.
_Patrícia? John? Mayk?_Chamou os nomes dos donos da casa com a intenção de que eles respondessem._Estou entrando, vocês estão aí?
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