Dias depois...
Enfim tudo tinha se acalmado. Naquele mesmo dia em que todos os representantes das alcatéias envolvidas na guerra territorial foram tentar colocar um fim nisso, deu certo. A única pessoa que estranhou toda essa rendição fácil foi Marianna.
_Não estou com um bom pressentimento._Comentou ao lado de Guilherme na cama._Sebastian deixou os vampiros renderem-se com muita facilidade, não acha?
_Não baixamos nossa guarda totalmente._Beijou a testa da sua mulher levantando-se logo depois._Ainda estão em alerta, meu bem. Nada vai acontecer, fique tranquila.
Pode parecer estranho, mas o pressentimento ruim no coração de Marianna só aumentou depois de ouvir isso. Guilherme tomou banho e esperou Marianna fazer o mesmo. Os dois desceram juntos para tomar café, a barriguinha de Marianna começava a dar os primeiros sinais de que uma vida crescia ali. Milan, Pedro e Dimitri estavam à mesa comendo. Assim que o casal se aproximou, Milan resmungou algo inaudível.
_Bom dia, meus queridos._Dimitri saúda cheio de felicidade._Sentem-se conosco.
_Bom dia._Milan deposita a toalhinha na mesa e levanta-se._Preciso sair agora, com licença.
Marianna esperou Milan sair pela porta e então resolveu colocar seu plano em prática.
_Eu preciso ir até a casa da Yuli. Lembrei-me que ela pediu para que eu a visitasse ainda em jejum._Beijou os lábios de Guilherme rapidamente._Prometo não demorar.
_Peça que Leroy acompanhe você._Guilherme gritou, mas Marianna já tinha saído porta à fora.
Viu Milan caminhando pela rua indo em sentido a um bosque um pouco perto do casarão. Seguiu-a mantendo uma distância boa da garota, Marianna ficou com a ideia fixa na cabeça que Milan sabe muito mais do que aparenta. Depois que entrou no bosque, Marianna começou a ser mais cautelosa. Os galhos secos no chão faziam barulho ao serem pisados, duas vezes Milan olhou pra trás devido a isso. Logo prosseguiu quando percebeu que ninguém a seguia. Marianna escondia-se atrás de cada árvore que passava temendo ser percebida. Depois de quase trinta minutos caminhando, Milan parou perto de uma cachoeira pequena. Ficou alisando sua barriga por enquanto que observava a água cair. Marianna manteve-se um pouco distante, arregalou os olhos ao ver um homem jovem aparecer do nada perto de Milan. Ameaçou correr até ela, mas viu que o jeito com que o jovem se aproximou era amigável. Ele era um vampiro, Marianna sentiu um arrepio ao constatar isso. Não tinha jeito pra usar seus poderes sobrenaturais, mas esforçou-se para ouvir com nitidez o que eles conversavam.
_Olha pra mim, Milan._Aragon tocou o rosto de Milan fazendo-a olhar em seus olhos._Como está o casarão Santiago?
_Guilherme continua me ignorando, só tem olhos para a Marianna._Tudo saía de modo automático._Os Santiagos me respeitam, estão felizes com o meu bebê. Pedro anda próximo de mim, talvez queira mais que uma amizade.
_Mas o quê?_Aragon parecia impaciente._Milan, você não quer a amizade e nada mais do Pedro. O Sebastian, seu melhor amigo, não quer você perto dele. Pedro pode lhe ferir se continuar se aproximando.
_Sim, Aragon.
_Você ama o Guilherme, entendeu?_Aragon segura firme no rosto da garota._Você vai voltar pra casa e...
Aragon parou do nada e Marianna percebendo isso, escondeu-se mais ainda atrás da árvore. Prendeu a respiração e fechou fortemente os olhos. Ela pedia por tudo para não ser descoberta.
_Olha o que eu achei por aqui..._Aragon apareceu na frente de Marianna com seus olhos vermelhos._Soube pela Milan que você é bem pentelha, mas eu não sabia o quanto.
_O que você quer?_Berrou, mas Aragon tampou a boca dela.
_Calma, lindinha. Eu sou o Aragon, filho do homem que já foi o Rei dos Vampiros, mas que agora está morto._O homem tinha amargura no tom da voz._Vou tirar a mão da sua boca e você vai se comportar. Não queremos que ninguém se machuque aqui.
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