Sombra do Amor: A Redenção de Eduardo e Adriana romance Capítulo 151

O que aconteceu na noite passada, afinal? Por que ela não consegue se lembrar de nada? Por que?

"Três batidas fortes na porta!"

Quando Adriana Barbosa estava à beira das lágrimas de desespero, de repente, ouviu-se um som de batidas na porta.

"Quem é?!"

Ela perguntou com cautela, abraçando um vaso de flores que estava ao seu alcance.

A pessoa que estava batendo na porta poderia ser um agressor?

"Sra. Barbosa, sou eu! O café da manhã está pronto, o presidente pediu que eu a acordasse para comer e também trouxe algumas roupas para a senhora se trocar."

A voz de Jairo Lino veio do lado de fora, fazendo com que Adriana Barbosa desse um suspiro de alívio. Ela abriu a porta e o puxou para dentro.

"Ah!" - Jairo Lino se assustou, surpreso com a atitude dela que parecia bastante perturbada: "Srta. Barbosa, o que a senhora está fazendo?"

Adriana Barbosa o encarou seriamente: "Jairo Lino, agora vou te fazer algumas perguntas e você precisa responder com toda a sinceridade!"

"Claro, claro."

Jairo Lino assentiu com a cabeça.

"O que aconteceu depois que eu bebi demais ontem à noite?"

"Você não se lembra de nada?"

Apesar de saber a resposta, Jairo Lino ainda fingiu surpresa.

"Hmm, sempre que bebo, não me lembro de nada, não pela primeira vez."

"Entendo." - Jairo Lino arregalou os olhos: "Na verdade, eu também não sei de tudo, Sra. Barbosa. O que exatamente a senhora gostaria de saber?"

"Eu..."

Adriana Barbosa, envergonhada demais para expressar suas suspeitas diretamente, vestiu o pijama e perguntou: "Quem trocou minhas roupas?"

"A Sra. Carla, uma das empregadas da família Guimarães."

Empregada?

"É sério?"

"Sim, eu mesmo a vi saindo do quarto com aquele vestido de pele de raposa. Se não acredita, pode perguntar a ela."

Adriana Barbosa: "E essas marcas estranhas no meu pescoço? Não estavam aqui ontem!"

"Essas marcas..."

"Tudo bem, era só isso que eu queria saber..." - Adriana Barbosa estava prestes a continuar quando sentiu o aroma no quarto e ficou tensa novamente: "Você não está me enganando, está?"

"Claro que não!" - Jairo Lino respondeu com sinceridade: "Por que eu enganaria a Srta. Barbosa? O que eu ganharia com isso?"

Claro, talvez uma promoção, um aumento salarial ou até mesmo um bônus de fim de ano por ser o assistente mais confiável do presidente!

Ele acrescentou mentalmente.

Adriana Barbosa: "Então, por que tem um cheiro de almíscar aqui no quarto?"

"Almíscar?"

Embora ela tenha sido sutil, Jairo Lino, que era bastante astuto, entendeu imediatamente que a Srta. Barbosa estava se referindo ao cheiro de um homem.

"O que você quer dizer com isso? Não estou sentindo nada! O ar claramente tem cheiro de íris, Sra. Barbosa. Será que a senhora tem um olfato desregulado?"

"Impossível!" - Adriana Barbosa rejeitou categoricamente: "Desde pequena, meu olfato é mais apurado do que o da maioria das pessoas, consigo distinguir até os aromas mais complexos e sutis. Caso contrário, como você acha que eu identifiquei a presença de jadeíta com veios violeta e verde naquela reunião de apostas em pedras preciosas?"

Ao ouvir isso, Jairo Lino ficou imediatamente preocupado.

Ontem à noite, o presidente ficou no quarto da Srta. Barbosa a noite toda, só saindo ao amanhecer.

Se realmente, como a Srta. Barbosa disse, havia um aroma de almíscar no ar, será que o presidente poderia realmente ter feito algo com a Srta. Barbosa?