Natacha olhou, surpresa, para as costas de Lorena, sentindo o coração tremer incontrolavelmente.
“Meu Deus, o que a Lorena está dizendo? O que meu irmão fez com ela, afinal?”
— Lorena... — Natacha chamou baixinho.
O corpo de Lorena enrijeceu. Ela se virou para encarar Natacha.
Ao se dar conta do que havia dito momentos antes, uma expressão fugaz de constrangimento e vergonha passou pelo rosto dela. Mas, no instante seguinte, seus olhos se encheram de fúria e se afiaram como lâminas ao dizer:
— Você veio? Veio ajudar seu irmão a me convencer?
Natacha respondeu, com culpa na voz:
— Eu sei que, agora, no seu coração, eu e meu irmão somos iguais... dois mentirosos.
— E não são? — Lorena a fitou, sem qualquer expressão, rebatendo com frieza. — Você não me ajudou a cair na armadilha dele? Não brincou comigo? Vocês acham que eu sou estúpida, não é? Foi divertido me enganar assim?
Natacha se aproximou e se ajoelhou diante de Lorena, dizendo com pesar:
— Lorena, me desculpa... Me desculpa...
— Não me diga essas palavras! Eu não aceito! — Lorena a empurrou com força e riu de si mesma, amargamente. — Antes... Antes, eu ainda achava que você e Duarte eram boas pessoas! Eu confiava tanto em você! Mas você me enganou, ajudando seu irmão a criar aquela criança, me fazendo cair nessa mentira! E agora? Você acha que um simples “desculpa” vai consertar tudo? Vocês destruíram minha vida! Como espera que eu os perdoe?!
No fim, a voz de Lorena se elevou até se transformar em um grito. Com as últimas palavras, as lágrimas também caíram de seus olhos.
Natacha, aflita, segurou as mãos dela e perguntou:
— Me diz... O que meu irmão fez com você? Ele te bateu?
O olhar de Lorena se partiu em mil pedaços, a voz repleta de tristeza quando respondeu:
— Eu preferia que Duarte tivesse me batido... Que me matasse! Seria menos doloroso do que suportar a humilhação que ele me fez passar! Aos olhos dele, mulheres não passam de um objeto para satisfazer seus desejos! Eu sou assim para ele... Assim como todas as outras com quem já dormiu!
— Não é verdade. — Natacha balançou a cabeça, sem conseguir conter a vontade de defender o irmão. — Lorena, ele errou, eu sei... Mas ele nunca te viu como um simples objeto. Todos podem ver o quanto ele ama você, o quanto ele se importa com você!
Lorena a empurrou com ainda mais força. Como se tivesse ouvido a piada mais absurda do mundo, soltou uma risada amarga, mas, quanto mais ria, mais as lágrimas desciam por seu rosto.
Lorena apertou o peito dolorido, a voz embargada pelo choro:
— Ele não me ama... Se me amasse, não teria me enganado assim. Não teria tido coragem de me humilhar. A única pessoa que ele ama é a mãe daquela criança!
Os olhos de Natacha também ficaram vermelhos. Ela olhou para Lorena e disse com firmeza:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...