O olhar de Lorena para Natacha finalmente suavizou um pouco, deixando de ser carregado de hostilidade como no início.
Lorena franziu as sobrancelhas, hesitante:
— Agora, a porta desta casa está cheia de homens do Duarte. Eu não consigo sair. E mesmo que eu vá embora, minha mãe não escaparia da tortura dele.
Natacha respondeu:
— Não precisa se preocupar com a Sra. Lopes. Comigo e Joaquim aqui, meu irmão não vai ousar fazer nada contra ela. Me dá dois dias para pensar em um jeito de te tirar daqui.
Lorena disse, cheia de gratidão:
— Se você puder me ajudar, eu nunca vou esquecer sua bondade. Eu vou te retribuir.
Natacha balançou a cabeça:
— Você não precisa me retribuir. Isso é uma dívida que eu tenho com você! — Em seguida, acrescentou. — Ah, nesses dois dias, tenta agir conforme o que meu irmão quer. Deixa ele baixar a guarda. Assim vai ser mais fácil para eu te tirar daqui. A gente se fala pelo WhatsApp quando for a hora.
Lorena respondeu apressada:
— Não podemos usar o WhatsApp! Agora, meu celular e todos os dispositivos eletrônicos estão sendo monitorados remotamente pelos homens do seu irmão. Qualquer mensagem que a gente trocar, eles vão ver.
— O quê?! — Natacha não fazia ideia de que seu irmão tinha chegado a esse nível de loucura. Ele estava completamente insano! Sem alternativa, suspirou e disse: — Então, vamos fazer assim: fique sempre pronta para sair. Quando for a hora certa, eu vou dar um jeito de escapar dos olhos do meu irmão e venho te buscar direto.
Assim que Natacha terminou de falar, Lorena assentiu com firmeza, e, enfim, um brilho de esperança surgiu em seu olhar.
Tendo acertado tudo com Lorena, Natacha se sentiu um pouco mais aliviada.
Ao sair, lançou mais um olhar preocupado na direção de Lorena, temendo que Duarte a machucasse ainda mais.
"Espero que Lorena se lembre do que eu disse e aguente firme por mais dois dias."
...
Ao voltar para casa, Natacha contou a Joaquim sobre a situação de Lorena e seu plano.
Afinal, algo assim era impossível de realizar sozinha. Precisava da ajuda de alguém!
— O quê? Você quer enganar o seu irmão e tirar a Lorena daqui? — Joaquim olhou para Natacha, chocado. — Você ficou maluca?! E depois que a gente levar Lorena embora? Quando o seu irmão vier atrás dela e não encontrar, você acha que ele não vai destruir essa casa inteira?!
Natacha provocou de propósito:
— Então, quer dizer que você tem medo do meu irmão? E eu que pensei que você fosse um homem de verdade! Nunca imaginei que, num momento como esse, você fosse amarelar.
— O quê?! Quem é que não é homem aqui?! — Joaquim retrucou, irritado. — Não vem com essas provocações pra cima de mim, porque não adianta!
Mesmo assim, as palavras de Natacha o atingiram em cheio.
"Medo do Duarte? Como se fosse isso! Não é medo, é que eu sei que não tem como argumentar com alguém como ele!"
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite!
Nossa que história chata horrível como se escreve uma mulher tão burra aff...