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Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 1836

A pergunta repentina de Lorena deixou Raimunda um tanto surpresa, e ela perguntou:

— Como assim? O Sr. Duarte não te deu o antídoto?

Lorena curvou os lábios em um sorriso amargo e negou com a cabeça.

Raimunda sentiu uma pontada de culpa no mesmo instante e disse:

— Eu realmente não imaginava que esse antídoto fosse tão precioso... Mas o Sr. Duarte o deu apenas para mim. Achei que você também já tivesse recuperado a memória, não pensei que...

Lorena permaneceu em silêncio.

"Sim... Um antídoto tão raro, e Duarte o usou para fazer experimentos em Naiara."

Raimunda tentou consolá-la:

— O Sr. Duarte deve ter feito isso por necessidade. Na época, eu era a única que poderia testemunhar contra a família Godoy. Por isso, ele escolheu me dar o antídoto. Se não fosse por essa razão, ele com certeza teria lhe dado a única dose disponível.

Mas Lorena respondeu com indiferença:

— E se ele tivesse duas doses?

Raimunda olhou para ela, surpresa:

— O que você quer dizer com isso? O Sr. Duarte conseguiu duas doses do antídoto? Então por que ele usou apenas em mim e não em você? Isso não seria estranho demais?

Lorena suspirou e balançou a cabeça, dizendo:

— Eu também não entendo... Por quê?

Raimunda sugeriu:

— Então pergunte ao Sr. Duarte. Essas coisas precisam ser esclarecidas o quanto antes, para não virarem um obstáculo entre vocês.

— Não adianta perguntar. Mesmo que eu pergunte, ele não vai me dizer a verdade. — O tom de Lorena subitamente ficou melancólico. — Ele nunca diz a verdade. Talvez, para vocês, ele seja um grande homem. Mas para mim... Eu já não consigo mais acreditar nele.

Só então Raimunda percebeu que a vida de Lorena não era tão feliz quanto ela havia imaginado.

Depois do fracasso de seu casamento com Dedé e de tudo o que passara, Raimunda já não tinha mais ilusões sobre o matrimônio.

Para ela, o casamento era algo distante, quase irreal.

Por isso, não sabia que conselho poderia dar a Lorena.

Raimunda só pôde perguntar, preocupada:

— E o que você pretende fazer? Por que o Sr. Duarte não te deu o antídoto? Por que ele não quer que você se lembre do passado?

Ela sonhou com os dias terríveis em que ficou presa no País N, revivendo o horror de quase ter sido violentada.

A cena era tão vívida que a fez acordar assustada, o corpo trêmulo de medo.

E, no instante em que despertou, o nome que escapou de seus lábios foi:

— Duarte...

O silêncio do quarto a envolveu.

Lorena olhou para o lado, encarando o travesseiro vazio, sentindo um vazio ainda maior dentro de si.

Se virou para o relógio na parede: já passava das três da manhã.

Pegou o celular e, depois de hesitar por um longo tempo, finalmente decidiu ligar para Duarte.

O pesadelo ainda a assombrava.

Parecia que apenas ouvindo aquela voz arrogante e autoritária, repleta de uma força inabalável, conseguiria afastar o medo que tomava conta de seu coração.

O telefone tocou por vários segundos antes de, enfim, ser atendido.

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