Sr. Joaquim, a sua esposa é a mulher daquela noite! romance Capítulo 1918

Duarte se irritou só de pensar naquilo. Naquele dia, no Gabinete dos Assuntos Civis, além de não ter conseguido se casar, ainda teve que enfrentar a situação de ser observado pela polícia, tudo por culpa daquela mulher.

Se Lorena tivesse sido mais comportada, nada disso teria se transformado nesse caos!

Mas Lorena era uma escolha de Duarte, e ele precisava dela.

Por isso, Duarte olhou com insatisfação para Enrico e, com um tom de advertência, disse:

— Espero que, daqui para frente, não ouça mais de sua boca nenhuma palavra ruim sobre Lorena.

Enrico se assustou, com medo de que Duarte tivesse descoberto algo, e respondeu rapidamente.

...

Após deixar o Clube Nuvem de Duarte, Teodoro, aproveitando o pretexto de estar saindo para cumprir uma tarefa, foi até a casa de Ademir.

Hoje Ademir estava de folga.

Desde que soube da situação de Lorena, Ademir estava preocupado com ela. Mesmo querendo vê-la, sabia que, para evitar ser descoberto por Duarte, teria que se conter.

Assim que Teodoro entrou, falou:

— Como você suspeitou, esse Duarte é realmente muito esperto! Desta vez, não só não encontrei nada, como ainda fui manipulado por ele.

Ademir respondeu:

— Eu já te disse para não ir procurá-lo de forma tão abrupta.

Teodoro retrucou:

— Isso você não entende! Alguém como ele é audacioso demais! Embora eu não tenha encontrado nenhuma pista, ele com certeza me viu como um policial inútil. A partir de agora, Duarte jamais me levará a sério.

Teodoro soltou um suspiro e explicou:

— Naquele momento, tivemos a revisão da taxa de fechamento de casos no fim do ano, além de outras demandas, grandes e pequenas. O nosso comandante não quis se envolver em mais complicação. Então, ele apenas deu a versão de que foi um dos nossos homens quem matou Rafaela. E assim, o caso foi encerrado.

Ademir refletiu por um momento e comentou:

— Talvez o seu comandante não tenha parado a investigação só por causa da taxa de fechamento de casos. Pode ser que alguém tenha pressionado ele ou, quem sabe, ele tenha recebido algum benefício de Duarte.

Teodoro franziu a testa, claramente frustrado, e comentou:

— Quem saberia, não é? Mas agora, ao relembrar esse caso, sinto que há algo muito suspeito. Na época, não sabíamos nada sobre o envolvimento de Duarte com Rafaela. Precisamos entender o que aconteceu exatamente para poder julgar se ele teria algum motivo para matar Rafaela.

Ademir concordou com a cabeça e disse:

— Deixe isso comigo. Talvez Lorena possa ajudar.