? Alex
Abro a porta do meu quarto e encontro um Alberto completamente desesperado e em prantos.
__ Amanda, eu preciso desligar. __ Encerro a ligação, sem ao menos esperar que ela diga algo. __ O que foi, Bel ?__ Tento manter a calma, mas parece que meu coração vai sair pela boca.
__ Ela não está respirando, Alex! __ Sinto minha garganta fechar imediatamente e corro para o quarto. Dona Clara parece inerte e tem a cor arroxeada na pele. Cauteloso, aproximo-me para verificar sua pulsação e sinto sua pele está gélida encostar na minha. Ela tem a pulsação fraca e imediatamente início o processo se respiração boca a boca.
__ Vamos mãe, por favor, respira! __ peço, sentindo as lágrimas escorrer pelo meu rosto, porém continuo tentando a respiração boca a boca. Para o meu alívio, ela volta a respirar, porém, está muito fraca. __ BEL PREPARA O CARRO! __ grito e ele sai correndo do quarto. Pego mamãe em meus braços e saio apressado pelas escadas, Ângela abre a porta da frente e Bel já está no volante e com as portas do carro abertas. Ponho-a com cuidado no banco traseiro e me sento ao seu lado. Logo o carro parece voar pelo asfalto.
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Horas depois...
Vejo o médico sair do quarto de minha mãe depois de longas horas de espera, Bel ergue os olhos vermelhos de chorar e segue logo atrás dele.
__ Como ela está doutor? __ O homem suspira suspira e começa um relato, que não sei se quero ouvir.
__ Sua mãe tem um grave problema na artéria principal do coração rapazes. Eu e uma junta médica vamos fazer o possível para não perde-la, mas peço que se preparem, porque não sabemos ao certo o que pode acontecer. Ela pode viver uma semana, ou um mês, como também pode partir a qualquer momento. __ Ouvir essas palavras me tirou o chão. Minha mãe e Bel são o meu tudo, sou capaz de fazer qualquer coisa para não perde-los, mas, o que fazer quando a solução não está em minhas mãos? Sem forças, me deixo cair sentado nosofá e as lágrimas preenchem os meus olhos.
__ Quando podemos vê-la, doutor?__ Bel pergunta.
__ Estamos fazendo alguns procedimentos necessários para ajudá-la. Clara está respirando com ajuda de aparelhos agora e estamos monitorando seus batimentos cardíacos a todo instante. Assim que for transferida para um quarto, vocês poderão vê-la, antes disso não posso liberar a visita.
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Às horas se passam e nem uma notícia chega até nós. Agoniado, ando de uma lado para o outro, no estreito corredor, porém, isso não me acalma, nada me tranquiliza. Uma enfermeira passar com uma bandeja de medicamentos e eu a intecepto na metade do seu caminho.
__ Desculpe, pode me dá notícias de minha mãe, seu nome é Clara Village.
__ Desculpe, senhor, não posso passar notícias de nenhum paciente, apenas os médicos podem fazer isso. __ Respiro fundo, tentando conter minha impaciência.
__ Senhorita... __ Faço um gesto para que me diga o seu nome.
__ Jéssica.
__ Jéssica, a senhorita pode pelo menos pode localizar o doutor Benjamim Colth?
__ O doutor Benjamim está em uma cirurgia de emergência no momento. Desculpe, senhor, mas eu preciso fazer o meu trabalho.__ Ela tenta se afastar, mas eu a seguro pelo ombro, para ie me olhe nos olhos.
__ Escuta aqui garota, é você quem não está me entendendo aqui. Eu estou esperando por notícias da minha mãe a mais de duas horas, a senhorita...
__ Alex, Alex? Solta a garota! __ Alberto exige.
__ Mas, Bel, nós estamos esperando...__ A garota sai do corredor e eu olho para Alberto com irritado.
__ Alex, ela não tem nada para nos dizer, deixa a enfermeira trabalhar! Vem, vamos descer e tomar um café, estamos precisando disso.
__ Eu não saio daqui sem receber notícias da minha mãe! __ O corto furioso. __ Alberto puxa a respiração, deixando claro que também não está aguentando mais essa situação.
__ Tudo bem, eu vou lá dentro e trago algo pra você, melhor? __ Concordo com a cabeça e Alberto sai da sala de espera. Atordoado, fico parado, apenas olhando ele sumir no final do corredor.
__ Alex? __ Doutor Benjamim, passa por uma porta no mesmo instante.
__ E então, doutor? __ pergunto esperançoso.
__ As notícias não são boas, filho, onde está o seu irmão? __ Engulo em seco, enquanto tento organizar as palavras em minha boca.
__ Ele saiu, mas volta rápido. __ Ele assente.
__ Alex quero que saiba que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para ajudar a sua mãe. Ela deseja vê-los, está na sala de UTI , uma enfermeira os levará até ela. __ Não tenho palavras para dizer como estou me sentindo agora, Bel aparece no início do corredor e percebe que algo aconteceu, ele apressa os passos e meu celular cemeça a tocar.
__ Alex, por Deus, estou a horas tentando falar com você. Como estão as coisas aí?__ As palavras simplesmente não saem, pois estou sufocando em minha própria, então apenas choro. __ Alex?
__ Ela está morrendo, Amanda! __ Consigo dizer. __ Eu tenho que desligar __ falo, quando a enfermeira chega e informa que precisamos pôr uma roupa especial, para poder ir a sala de UTI. Visto-me como se tivesse indo para forca e em questão de minutos, estamos indo para um corredor, onde tem uma faixa vermelha pintada a cima das portas duplas. Passamos por pelo menos três salas, onde podemos ver LGUNS pacientes entubados E cheios de fios por todo o corpo e meu coração para, assim que paramos em frente ao último quarto. Ela está lá, tão frágil e indefesa.
__ Só pode entrar um de cada vez. __ A enfermeira avisa. __ Procurem não demostrar tristeza, nem desespero ou chorar perto dela, é um estado muito delicado. __ Assentimos.
__ Você pode ir primeiro, Bel, eu não consigo ainda. __ Ele concorda com a cabeça e me dá algumas batidas leves no meu ombro.
__ Está bem. __ Observo meu irmão entrar no quarto e minha mãe lhe abrir um sorriso fraco. Puxo minha respiração, uma, duas, três vezes, até controlar as minhas emoções. Através de um vidro tranparente na porta a erguer sua mão e acariciar o rosto do meu irmão. Meu Deus, me dê forças! Respiro fundo mais uma vez. Você precisa ser forte, Alex, por ela, seja forte! Peço para mim mesmo, trabalhando com afinco a minha respiração, para conter as minhas emoções. Bel passa pelo menos quinze minutos conversando com ela, a enfermeira faz um sinal para ele sair do quarto. Ele se inclina e beija o seu rosto, saindo em seguida.
__ É a sua vez, força mano! __ Alberto pede assim que se aproxima. Como fez com meu irmão, ela me recebe com um sorriso lindo e me estende sua mão para que eu a segure. Aproximo-me e após segurar sua mão, a beijo calidamente.
__ Oi, mãe! __ Forço minha voz sair no tom normal, porém baixo.
__ Oi, meu filho querido! Sabe, você sempre foi o mais sensato dos meus filhos, com certeza puxou ao seu pai. Ele era um homem íntegro e inteligente, que sempre pensava antes de agir. __ Ela sorri. __ É por isso que vou confiar a você meu outro tesouro. Cuide de Alberto, Alex, depois que eu partir, ele vai precisar muito de você.
__ Não fale assim, mãe! __ peço com naturalidade, mas dentro de mim, gritava uma súplica.
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