Status: Namorada de Mentinha romance Capítulo 24

__ Como vocês podem observar nos gráficos, as exportações de tecnologia de ponta e de robótica têm crescido muito no mercado de exportação. Nossa empresa não é indiferente nesse caso, tem lucrado bastante com a tecnologia. Penso que devemos sim, renovar os contratos com a Siber Techc e com a Robbo's. __ Alisson nosso assessor de contabilidade e estatística comenta. Estamos a quase meia hora, no meio de uma reunião com a equipe de consultores, contadores e de programadores da empresa, estudando a renovação dos contratos dos clientes mais antigos.

__ Não podemos esquecer os produtos de beleza e estética, Alex. É assustador o número de exportação desses produtos brasileiros, para o Japão, Alemanha e Inglaterra, principalmente os dos grupos Embeleze e Gotas d'Ouro. __ Ricardo complementa e meu celular começa a vibrar em cima da mesa. Geralmente não atendo ligações no horário de trabalho, principalmente em reuniões, a não ser que seja do meu irmão, ou algo muito urgente. E o fato de visualizar o nome de Hércules no meu visor me chama a atenção.

__ Com licença senhores, eu realmente preciso atender. __ Peço, levantando-me da cadeira. __ Walkiria, assume, por favor! __ falo saindo da sala. __ Hércules, aconteceu alguma coisa?

__ Tentaram matar a senhorita Amanda. __ Sinto o meu corpo inteiro ficar suspenso do chão imediatamente e uma opressão invade o meu peito. __ Ela está bem, senhor Alex, eu atirei na mulher. Estamos agora no Hospital Regional agora.

__ Estou indo aí agora, Hércules, não saía de perto dela. __ Corto-o, e vou rápido para minha sala. Pego minhas chaves e corro para o elevador antes que feche as portas. Chego no estacionamento e entro apressado no carro.

No hospital, pego algumas informações e vou direto para os elevadores, e ao entrar em um corredor, encontro um homem conversando com o médico, mas logo os meus olhos param em cima dela e eu consigo respirar aliviado.

__ Amanda?__ A chamo e ela me olha. Santo Deus, ela parece pálida, assustada e cansada, e quando se põe de pé, a abraço, apertando-o em meus braços. Não tenho como agradecer ao Hércules, nada que eu fizer será suficiente. Penso fechando os meus olhos e aspiro lentamente o seu cheiro. Não demora e a notícia de que a mulher faleceu ainda no bloco cirúrgico. Nunca tive tanto medo na minha vida. Perder Amanda agora seria o meu fim, eu não teria mais nenhuma razão para seguir em frente. Tento convencê-la a ir para casa, pois anseio colocá-la em meu colo, mimá-la um pouco e cuidar dela. Porém, acabamos indo para o seu escritório e descobrindo que o celular de Elisa foi usado por outra pessoa.

A lembrança do dia em que Santiago soltou que Elisa lhe passava informações do escritório preenche a minha mente e, merda! Não sei se estou certo, mas o fato de Elisa ter esquecido o celular na loja, justamente no dia desse atentado, me deixou em alerta. Eu preciso ter certeza!

__ Vai me contar o que está acontecendo?__ Desperto com o som da sua voz e encaro o par de olhos. Abro a boca para responder-lhe no exato momento em que a porta se abre e um homem surge na sala.

__ Senhorita Amanda, Mário Toscana, lembra-se de mim?

__ Claro! Detetive esse é Alexander Village, meu namorado. Alex, este é o detetive Mário Toscana, o responsável pela investigação do que ocorreu hoje. __ Ela nos apresenta e nos cumprimentamos com um aperto de mãos.

__ Preciso falar com a sua assistente, senhorita. __ Ele mal termina a frase e Elisa entra pelo corredor.

__ Aqui dona Amanda, o meu celular ainda estava na loja. __ Amanda segura o aparelho e abre a caixa de e-mails, confirmando o óbvio. A mensagem foi enviada do celular de Elisa, e pior, alguém da loja a enviou, ou o próprio Santiago o fez.

__ Elisa, esse é o detetive Mário Toscana, ele está aqui para ouvi-la. __ Amanda anuncia e Elisa começa a chorar de novo.

__ Eu juro que não fui eu detetive, eu não fiz! __ Ela diz quase com desespero na voz.

__ Calma senhorita, eu não estou a acusando de nada! Só preciso ouvir o que você tem para me dizer. __Elisa repete toda a história para o detetive, enquanto anota tudo em seu caderninho.

__ Obrigado por colaborar, Elisa!

__ Eu não vou presa?__ A garota pergunta ainda assustada.

__ Claro que não! Primeiro investigaremos e encontraremos a pessoa que armou tudo isso, e só então saberemos o que aconteceu de verdade. E depois a prisão, se for necessário.

__ O que fará com as informações que Elisa lhe deu, detetive?

__ Investigar, senhorita Amanda. Visitarei a loja, conversarei com os funcionários e pedirei o registro das câmeras, para ver quem realmente pegou esse celular e assim pegaremos a pessoa que enviou a mensagem.

__ Me mantenha informado, detetive, esse é o meu número. Por favor, não hesite em me ligar. __ O detetive olha o cartão que lhe estendi por um tempo, depois olha para mim e assente em concordância.

__ Ok, senhor Alexander Village! Eu volto a me comunicar __ avisa e sai do escritório.

__ Elisa, você não está com condições de trabalhar hoje, vá para casa e descanse. Amanhã conversaremos. __ Amanda pede. A garota faz um sim, com a cabeça e entre lágrimas nos deixa a sós.

__ Podemos ir para casa agora? __ pergunto e a minha namorada solta um suspiro audível.

__ Sim, por favor! __ Antes de sair Amanda conversa com seus sócios Matias e Thiago, transfere alguns casos do dia para eles e nós finalmente saímos da empresa.

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Em nosso apartamento, ajudo Amanda a livrar-se das roupas, ela vai para o banheiro e eu vou para cozinha, preparar um chá para e talvez tentar fazê-la dormir um pouco.

Abro a porta do quarto, minutos depois e ponho a xícara sobre o criado mudo. Com um suspiro, aproximo-me da porta e escuto o seu choro.

__ Droga! __ sussurro, arrancando minhas roupas do corpo e invado o cômodo. Entro em baixo do chuveiro e a tomo em meus braços. Amanda parece se entregar ainda mais ao choro e soluça em meus braços. A aperto e beijo seus cabelos molhados.

__ Shiiiiii, meu amor, já passou! __ Tento confortá-la e ela balança a cabeça negativamente e me puxa ainda mais para si.

__ Ela ia me matar, Alex!__ sibila entre um soluço e outro. __ Se Hércules não estivesse lá, eu poderia estar morta agora. __ Solto o ar com força. Angustiado, desligo o chuveiro, ajudo-a a se secar, me seco em seguida, e a ponho em meus braços, para levá-la cama. Acomodo a minha menina confortavelmente em meu colo e sento-me no colchão.

__ O que importa é que você está bem, meu amor! Não pensa mais nisso tudo bem?__ Ela assente, mas as lágrimas não cessam. Então resolvo cantar para, ela a letra da música Thousand Years de Cristina Perri, em um tom baixo e suave, enquanto a acalento em meus braços. Gradualmente o choro vai diminuindo, até que ela para de uma vez. Queria tanto tirar esse momento da sua lembrança, confortar o seu coração e tirar esse medo que a apavora, mas nesse momento, eu só posso lhe oferecer o meu amor e a minha presença. Quando a música acaba, Amanda adormece em meus braços. Mais tranquilo, beijo o topo de sua cabeça, e a deito com cuidado na cama, deitando-me ao seu lado, cobro a nossa nudez, com um fino e branco lençol.

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Acordo com o clarão do sol invadindo o quarto. São duas da tarde. Observo a minha garota ainda dormindo por um tempo, quando a campainha começa a tocar. Saio com cuidado da cama, visto um short folgado e saio do quarto. A campainha volta a tocar, e eu sibilo um já vai para quem quer que seja. Abro a porta e dou de cara com os pais da Amanda, que têm cara de poucos amigos.

__ Onde está a minha filha, Alex? __ Guilherme rosna, passando pela porta.

__ Ela está bem, Alex?__ Gisele pergunta chorosa.

__ Oi para vocês também!

__ Não me venha com essa, Alex! Quero saber onde está a minha filha! __ Ele rosna impaciente.

__ Estou aqui papai. __ Amanda fala, chamando a nossa atenção.

__ Filha! __ Gisele sussurra e vai ao encontro da filha. Elas se abraçam e logo começam a descer as escadas. Após abraçar o pai, todos nos acomodamos nos sofás. Amanda se senta ao meu lado, apoiando sua cabeça em meu ombro.

__ Estou bem pai, foi só um susto. Como souberam?

__ Está em todos os jornais, filha. __ Guilherme diz.

__ Fiquei louca quando vi sua foto e o jornalista narrando a tentativa de assassinato.

VINTE E QUATRO 1

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