Status: Namorada de Mentinha romance Capítulo 4

Alex

Que noite da porra! Cacete, gente, da conta de uma loira e DE uma morena não é pra todo mundo não! Amanda tinha razão, é para frente que se anda. Eu não posso parar a minha vida, ficar me lamentando por causa dela. Se é com ele que ela quer ficar, que fique! Se quer casar, que case! Eu vou viver como sempre vivi, de farras, festas e de bebedeiras. Está na hora de levantar a cabeça, e continuar a vida. Acordo completamente satisfeito, em um quarto de motel com duas meninas, uma de cada lado. Levanto-me e tomo um banho rápido, visto minha roupa e saio, deixando as garotas dormindo. Pago a conta e sigo para casa, para trocar de roupa e ir para o escritório.

_ Bom dia, Natálie! Pode por favor, servir um café e me atualizar da agenda do dia? _ peço, sem olhar para minha secretária e entro em minha sala, batendo a porta atrás de mim. Natálie entra em minha sala segundos depois, ela põe a xícara sobre minha mesa e se senta na cadeira a minha frente, erguendo seu tablet e começa a mexer na tela.

_ Bom dia, senhor Alex! Hoje o senhor tem duas reuniões, uma com a empresa da Bulgária e outra com alguns clientes do México. Tem alguns documentos de exportação de alimentos para analisar e o seu irmão precisa desses documentos para amanhã. Ah! E também tem um almoço de negócios com o pessoal do sul do país. _ Bufei audivelmente.

_ Dia cheio hoje. Isso é bom, certo? _ Ela sorri.

_ Mais alguma coisa, senhor?_ pergunta como uma profissional.

_ Veja para mim o contrato da Bulgária, preciso analisá-lo-lo antes da reunião, e, faça algumas cópias e as traga para mim. Ah! E a pauta da reunião com o pessoal do sul também. E, você pode providenciar para que a sala de reunião esteja pronta?

_ Claro, senhor, com licença! _ Ela sai da minha sala e eu abro o meu e-mail. Abro algumas propostas de trabalho de exportação, analiso-as por algum tempo e envio para o e-mail de Alberto os mais interessantes para aprovação. Natálie retorna com os documentos que pedi e eu começo a ler os tópicos, enquanto os analiso. _ Aqui está a nova proposta para apresentar aos clientes da Bulgária, senhor Alex. _ Ela diz me estedendo a pasta. _ A sala que me pediu já está pronta e os representantes já chegaram.

_ Ok, Natálie! Avise que já estou indo.

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O almoço com o pessoal do sul foi bem proveitoso. Com um bate papo bem descontraído, consegui um contrato de exportação de tecnologia por cinco anos. Durante o almoço vi Amanda, minha melhor amiga, em seu melhor estilo profissional entrar no restaurante, acompanhada de uma mulher. Elas sentaram-se em uma mesa de frente a minha. Fiz um gesto com a cabeça dizendo um "Oi", e ela me sorriu sutilmente. Voltei a me concentrar em meu cliente, mostrando-lhe uma proposta irresistível. O hábito de levar nossos clientes ao restaurante Chef Salvatore Loi aqui no Shopping Rio, é algo comum mim e Amanda. Gostamos de muitas coisas em comum e uma delas é a comida italiana. Se não fossemos grandes amigos, quem sabe até daríamos certo em um relacionamento romântico. Após duas reuniões e de elaborar alguns novos contratos, Alberto entrou em minha sala.

_ E aí garotão, vamos? _ Devo ter feito uma expressão de mal-entendido, pois logo esclareceu. _ Comprar o anel Alex, lembra? Você prometeu. _ Fecho os meu olhos puxando o ar logo em seguida.

_ Ok, vamos logo comprar o tal anel. _ Minutos depois, entro no carro do meu irmão e seguimos para joalheria Tiffany & Co. Observá-lo olhar cada anel com um maldito brilho no olhar, me deixa incomodado. Suspiro ao perceber que meu irmão está feliz com a Ângela e com esse noivado. É melhor esquecer o passado e fingir que nada nunca aconteceu entre nós um dia. Pensei.

_ O que acha desse, mano? _ Ele me mostra um solitário de 18k, cravejado de diamantes.

_ Esse é perfeito, Bel! _ Digo, tentando não deixar transparecer meu desdém, e ele sorri, olhando mais uma vez o objeto.

_ Então vai ser esse! _ diz com uma alegria contida para a atendente, que sorri amplamente ao segurar seu cartão de crédito.

_ Tenho certeza que ela vai amar! _ Comento como quem não quer nada.

_ Sim, apesar de que, Angel não costuma usar muitas jóias. _ Assinto. _ E Amanda? _ Ele pergunta de repente.

_ O que tem Amanda?

_ Você falou com ela sobre esse fim de semana?

_ Ah! Sim, eu falei.

_ E? _ Dei de ombros.

_ Ela vai comigo.

_ Maravilha, Alex! Mamãe vai adorar conhecê-la.

_ Não crie muitas espectativas, Bel. Nós só começamos a namorar a poucos dias, não quer dizer que vai dar certo.

_ Meu instinto me diz que vai. Você gosta dela, cara, só não percebeu isso ainda. _ Reviro os olhos.

_ Desde quando virou conselheiro amoroso?_ ralhei e ele riu alto. A atendente logo está de volta, lhe devolve o cartão e lhe entrega uma pequena sacola, com a logo da loja.

_ E agora ? _ pergunto assim que alcaçamos a calçada.

_ Que tal bebermos alguma coisa para comemorar?

_ Ainda são dezesseis, Bel. Horário de trabalho _ resmungo. Ele rir novamente.

_ Somos os donos daquela porra toda, Alex, nós podemos! _ Ele rebate com humor, me fazendo gargalhar.

_ Falou! Então vamos comemorar! _ Estacionamos minutos depois em frente ao Jobi bar e assim que nos acomodamos em uma mesa, Alberto pede duas cervejas.

_ Não precisa ser um olheiro, ou um advinho, para perceber a química que existe entre vocês. __ Ele solta de repente me deixando atônito. Do que esse cara tá falando? Ralhei mentalmente.

_ Você acha? _ questiono debochado.

_ Acho, é só olhar vocês dois juntos. _ Não sabe o quanto está enganado, maninho! Penso com ironia.

_ É, quem sabe você está certo, vamos ver no que vai dar. _ Resolvo encerrar essa conversa absurda. Tomamos mais duas cervejas, enquanto jogamos conversa fora, e logo estamos nos despedindo para irmos para casa.

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A semana passou feito um raio, e a cada dia que passava, me sentia cada vez mais nervoso. è como se cada mexida no ponteiro do relógio me machucasse e essa situação me fez perder o sono noite após noite. Hoje é quinta-feira, e amanhã começará o meu martírio. Arrumo minha mochila com pesar, pois minha vontade é de não pisar naquela casa. Não enquanto ela estiver lá. Quer saber? Que se dane tudo e todos! Minha vontade é de mandar tudo ir para o inferno, mas se eu fizer isso, além de me tornar um grande covarde, também irei desapontar minha mãe e meu único irmão. Termino de arrumar minha mochila e a deixo dentro do closet, vou para cozinha e pego a jarra de suco na geladeira, Enquanto bebo um pouco de suco, observo o ambiente entre minha sala e a cozinha, que está uma bagunça, pois não sou o cara mais organizado do mundo. Sou do tipo pega aqui e solta ali, então você pode ter uma ideia de como isso aqui está uma zona. Não tenho empregada, costumo utilizar os serviços do hotel para tudo, desde arrumação, até a comida do dia a dia. Portanto a cada quinze dias alguém vem e faz o serviço de quarto, uma cozinheira faz a comida para a semana e congela tudo, ou faço pedidos pelo aplicativo. Vida de solteiro é foda! Termino meu suco e saio para trabalhar. Quando chego na empresa, sigo a rotina de sempre; agenda, reuniões e mais reuniões, papéis para ler, analisar e assinar. É, acho que estou precisando de umas férias! Meu celular começa a tocar em cima da minha mesa, tiro os olhos dos papéis e sorrio ao ver que é Amanda.

_ Fala Amandica!

_ Almoço?

_ A coisa tá tão séria assim?

_ Você não faz ideia! Não aguento mais tanto mel daqueles dois. Se brincar já estou até diabetica. _ Gargalho.

_ Estou cheio de trabalho aqui, Amanda, acho que hoje não vai rolar.

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