SUA ESTAGIÁRIA romance Capítulo 109

Emily Walker

Saber que minha sogra estava envolvida com o sequestro é como um tiro em nossa cabeça, sinal que não podemos confiar em mais ninguém.

Olho para o meu marido que continuava ajoelhado com as mãos amarradas para trás, consegui colocar uma dúvida na cabeça do Joshua, se ele está esperando que a Marta dê algo para ele, isso criará um pouco de confusão entre eles. Nesse momento é o que estamos precisando para nos manter vivos.

Porque tenho a sensação é que minha sogra vai nos matar para poder herdar o dinheiro do meu marido, mal sabe ela que se algo nos acontecer todos os bens vão para a Silvia até que Larissa alcance a maioridade e administre sua herança.

Mas agora preciso focar a minha atenção no que vai acontecer aqui, Noah precisa manter a calma para não irritar mais ainda essa mulher, porque se estiver certo ela não passa de uma aproveitadora que usou um bebê para manter um casamento.

O barco começa a reduzir a velocidade até atracar no píer. Como estávamos sozinhos, aproveito a oportunidade.

— Noah, por favor, controle a raiva e não caia nos jogos deles, já entendeu que ela fará com você. — Ele apenas acena com a cabeça e volto a me sentar melhor, olhando para a conversa daqueles dois.

Não percebi quando o Joshua saiu do barco e foi na direção da mulher que deveria amar o meu marido. Fico atenta na interação que houve entre os dois, pelo pouco que vi, ela não parecia muito satisfeita com algo, ela gesticulava irritada em direção o mar.

Deve ter se irritado com o fato que ele não conseguiu pegar a minha filha, parece que ele perdeu a paciência quando começa a gritar com ela e aponta a arma na cabeça dela irritado.

O vejo voltando para o barco e aviso o Noah, que concorda com a cabeça, respiro fundo quando um dos capangas do Joshua se aproxima e põe uma arma na cabeça do meu marido, que se nega em ir sem mim.

— Isso fica aí e seja morto. — Digo começando a me irritar, com o meu marido que não quer cooperar em nos manter vivos.

Joshua se aproxima de mim e aponta a arma para a minha barriga, fazendo um arrepio de pavor subir por minha espinha.

— Coopera ou ela morre agora, sua mamãe não se importa com o que farei com ela, então facilita para a Emy. — O desgraçado fala amaciando a voz.

Ele começa a me puxar em direção ao píer, acabo tropeçando nos próprios pés fazendo com que ele acabe me derrubando.

— Presta atenção, porra… — Olho para a pistola e percebo que ela estava travada, acho que posso desarmar ele e tentar me afastar o máximo possível.

Marta não pode machucar o Noah, ainda mais se ela quiser as empresas dele, pode ser uma oportunidade de fuga.

Caminho mais um pouco com ele, olho para o meu marido que começa a me seguir sendo escoltado por um homem desconhecido.

Balboa ensinou alguns truques, acho que posso conseguir fazer algo, se o Antony estiver por perto tenho certeza que ele pode conseguir resgatar o Noah.

Somos levados para um dos pavimentos vazios do resort que estava em construção, estávamos no último que ficava sobre o mar e naquele ponto, era fundo o suficiente para nadar.

Não consigo mais, sinto uma franqueza, meus peitos doem, minhas costas estavam ardendo, não tinha mais forças para me manter acima do nível do mar, não consigo mais lutar.

Uma escuridão me traga, sinto meu corpo ser puxado para baixo, o resto de folego que tinha havia acabado, não consigo salvar meu marido, agora estava levando meu bebê para o fundo junto comigo.

Morreremos sem ter feito algo para salvar o homem que amo e encontrar a nossa filha, que ainda deve estar naquele bendito iate, com a sua babá.

— Vamos Emily, respire… um… dois… três… — A dor em meu peito se torna algo tangível, uma tosse se inicia e consigo por toda aquela água salgada para fora de mim, pela boca e nariz.

A dor que sinto em meu peito é tanto que não consigo puxar o ar, sinto que a escuridão tenta me puxar novamente, um peso forte nas minhas costelas consegue me puxar novamente da escuridão, abro os olhos e vejo o céu claro.

Estava rodeada pelo Antony e mais um dos homens que trouxemos para a viagem.

— Vi quando você pulou, Emy estamos esperando a ambulância que a Camille foi providenciar, você foi atingida com um tiro, e não tem um buraco de saída. — Não consigo entender nada o que ele fala.

— Ela ainda não está consciente Antony, acho que devemos levá-la daqui, depois voltamos para resgatar o senhor Walker…

Fecho os olhos novamente, meu corpo estava doendo demais, preciso descansar…