Emily Harris
Realmente o dia com o meu pai foi muito divertido, ele nos disse que fez a transferência e que estava livre da preocupação de dever aquele criminoso, percebemos que ele e a Mady estavam em um clima bem mais suave, ele estava feliz.
Noah e meu pai se ocuparam em fazer o churrasco e vou para a cozinha ajudar a Mady fazendo as comidas para o nosso almoço, via ela se movimentando como já soubesse muito bem onde ficavam as coisas.
Notei também que a maioria das fotos da minha mãe já não estão mais no lugar, tinha várias fotos deles espalhados pela casa, não me incomodou com certeza deve ter uma explicação por que sei que meu pai jamais iria tirar as fotos da minha assim de seus lugares.
Enquanto fazia uma salada procuro algumas coisas nas gavetas e encontro os porta-retratos, Mady observa a minha reação e segura a minha mão, deixo uma lagrima escorrer pelo meu rosto quando olho para foto da mulher que me deu a vida e muito amor.
— Seu pai me contou o que aconteceu e como você sofreu quando a sua mãe se foi. — Ela tira as fotografias que estavam na gaveta e a vejo limpando.
— Sabe fui criada pela minha tia, ela também se foi para o câncer, sofri muito quando ela morreu, tinha apenas doze anos e meu pai ficava mais na rua bebendo, do que cuidando de mim. — Ela se vira para mim e seca uma lagrima que estava escorrendo.
— Só tiramos as fotos dela, porque recebemos a visita do responsável da imigração e como estamos dizendo que já somos casados, ele achou melhor por elas aqui, mas irei por elas de volta no lugar assim que acabar o processo. — Olho para ela com carinho, sei que meu pai não iria tirar sem um motivo.
— Não precisa por, será que meu pai vai se importar que eu fique com elas? — Ela me olha com dúvida e apenas confirma com a cabeça.
— Seu pai ainda é um homem muito apaixonado por sua mãe, ele só tirou as fotografias porque iriamos receber o fiscal. — Mesmo assim, vou tirar as fotos.
— Mady, preciso de uma bolsa. — Ela me olha confusa. — Vou levar comigo todas elas, meu pai já está nesse processo do luto a quase dez anos, você não precisa conviver com as lembranças da esposa morta. — Dou meu melhor sorriso para ela.
— Acho melhor não fazer isso Emy, na verdade, nem me importo de que tenha as fotos dela pela casa, já que eles tiveram uma vida, mas seu pai não vai permitir. — Reviro os olhos para ela e começo a tirar todos os porta retratos que estavam na gaveta.
— Precisa aprender como dominar meu pai como faço. — Ela começa a rir, vou até o armário que fica na entrada e pego uma das diversas bolsas que tem lá e começo a guardar tudo dentro, levarei para casa e por elas no meu quarto.
Meu pai aparece e vê o que estava fazendo, se põe ao lado da Mady e beija a sua têmpora e o gesto, mas lindo que poderia ver foi ele se despedindo da minha mãe, enquanto guardava um por na sacola, Noah também fica ao meu lado.
— Natalia, prometo que farei o meu melhor e serei feliz novamente. — Sua mão abraça a cintura da Mady e vejo ela se derretendo toda nos braços dele.
— Leva algumas para o meu apartamento. — O Noah fala atrás de mim, tomo um susto e apenas sinto o seu abraço e o beijo no meu ombro, meu pai se afasta com a Mady e fico ali esperando o Noah explicar a sua atitude.
Porque não existe uma boa explicação em levar fotos da minha mãe para a casa dele, me viro e espero que ele me diga o que tem em mente.
— Espero que você fique um tempo no meu apartamento e sempre terá fotos dela por lá. — Sei que não é só isso, mas por hora não vou conversar com ele sobre esse assunto, então apenas confirmo e vamos comer com eles lá fora.
Nos divertimos muito, meu pai conta sobre minhas artimanhas para os dois me deixando constrangida e tirando várias gargalhadas de todos, conta a todos como anda os negócios e isso me preocupa, pois para ele manter a história de casamento ele precisa mostrar que consegue manter eles dois, com a minha transferência ele disse que vai dá, uma alavancada nos negócios, espero que dê certo.
Saímos para o aeroporto antes de anoitecer, meu pai me prometeu que em breve viria nos visitar e passar uma semana comigo, fiquei ansiosa, adoro estar com ele e gostei muito de sua agora namorada.
Nosso voo teria que fazer uma pequena escala, então o Noah me chamou para ir para a cabine reservada e descansar um pouco, nos deitamos lá e fiquei olhando enquanto ele olhava algumas coisas da empresa, disse que veria isso apenas amanhã.
Após horas ali deitada o sinal de apertar os cintos se ilumina e vamos para as nossas poltronas, finalmente estávamos chegando em casa.
— Obrigada Noah, por tudo que fez, por me trazer para casa e principalmente por ajudar o meu pai com tudo o que ele estava precisando. — Seguro em sua mão e descanso a minha cabeça em seu ombro, sinto sua barba roçar na minha testa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
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