SUA ESTAGIÁRIA romance Capítulo 27

Emily Harris

Assim que entramos no quarto da Maribel e seu esposo Willian, percebo o quanto ela estava abatida, bem diferente da mulher que vi, mas cedo no restaurante, a cada olhada que dou para ela percebo que realmente ela está vivendo seus últimos dias.

Ver aquela menina escondida atrás do papai que sempre cuidou dela com carinho, tentando se proteger e, ao mesmo tempo, curiosa com o pai que ela ainda não conhece, me deixa com um sentimento tão estranho como se é o certo a fazer é cuidar e proteger essa preciosidade que está sendo confiada ao Noah.

Quando me apresento para ela, fico com o sentimento que também é meu dever cuidar dela, e céus como ela é parecida com o Noah, o sorriso dos dois é idêntico, até mesmo a pinta que o Noah tem na sobrancelha ela tem no mesmo lugar.

Quando a Maribel pediu que a levássemos fiquei preocupada, porque a casa do Noah não tem nada para que recebesse a pequena Larissa, isso nem foi o pior, viemos em um dos seus carros esportivos com apenas dois lugares, dei a ideia de chamar o motorista, mas ele recusou e acabamos indo no carro apertado mesmo.

Mas fiquei tão surpresa quando ela me pediu colo e começou a relaxar encostada ao meu corpo e tirou o seu cochilo, Noah parecia satisfeito me vendo carregando essa princesa no colo e não posso negar que uma chama de amor e ternura surgiu em meu coração, quando ele nos denominou família.

Tive uma família pequena e muito cedo perdi a minha mãe, fomos somente eu e meu pai, claro que sempre tivemos muito próximos à família da Emma, considero a mãe dela como uma mãe substituta, ela foi alguém muito importante para mim quando a minha mãe morreu.

Percebi que a Maribel já tem preparado a Larissa para o que acontecerá com ela, aperto o seu corpinho quente mais contra o meu, para proteger ela dos solavancos do carro, olho para o lindo motorista ao meu lado e ele estava com um sorriso enorme no rosto, ponho a mão na sua perna e ele cobre a minha com a dele e sorri para mim com carinho.

— Acho que vamos ter que pedir algo para jantar, assim que chegarmos mando mensagem para a Maribel perguntando se ela pode comer de tudo. — Concordo com ele, quando percebo estávamos entrando na garagem subterrânea do prédio.

— Não precisa encomendar nada, pode deixar que cozinho nosso jantar, ela é muito pequena para estar comido coisas que nem sabemos como fazem. — O vejo um pouco mais pensativo e um sorriso brota em seus lábios.

— Gostei dessa ideia querida. — Tenho vontade de rir como ele fala, ele estaciona o carro na vaga e sai do carro, vejo ele dando a volta para me ajudar e tenta pegar a Larissa do meu colo, mas ela se agarra e funga no meu pescoço.

Ele me ajuda então a sair do carro e faz um biquinho desgostoso pela filha não o querer, começo a rir baixinho dele, que pega a caixa com a boneca que ela nem abriu e a mochila com as coisas dela, vamos para o elevador e subimos para seu apartamento, me encosto no seu corpo porque a menininha é um pouco pesada.

Assim que chegamos no apartamento me sento com ela no sofá, porque acho perigoso deixar ela sozinha em um quarto que ela nem conhece, olho para ela que abraça meu ombro e fica de olho na pequena menina que estou tentando por no sofá para continuar o seu cochilo, Noah consegue me ajudar a deitar ela que se abraça com a manta que tinha ali, tiro o sapatinho de boneca dela e jogo no chão as almofadas para que ela não se machuque caso caia.

Vou em direção a cozinha, com um homem no meu encalço que parecia totalmente diferente da pessoa que saiu de casa para conhecer uma garotinha linda, percebo que ele se senta em uma das banquetas que ficava do lado oposto do balcão.

— Vamos lá ver o que posso fazer para vocês, senhor Walker. — Falo rindo e ele revira os olhos, começo a abrir todas as portas dos armários para encontrar tudo o que preciso, por fim abro a geladeira e pego todos os ingredientes para preparar um macarrão com um peito de frango.

Ele fica olhando enquanto preparo tudo para o nosso jantar, sei que ele deve estar cheio de perguntas e dúvidas, até eu mesmo estou com algumas e olha que não sou nada para essa pequena, enquanto estava cortando os tomates, parece que o silêncio o incomodou.

— Preciso providenciar um quarto para ela, e uma brinquedoteca… — Ele começa a tagarelar sobre todos os perigos que o apartamento tem para a Larissa, começo a rir dele e enquanto descascava o tomate, paro com a faca e me presto atenção nele.

— Noah, seja prático, amanhã contrate uma decoradora e escolha um quarto para ela, pode começar a pensar em questão de escola, plano de saúde e uma pessoa para ficar com ela enquanto esteja no trabalho. — Ele concorda comigo e vejo ele pegar o telefone, começo a rir e balanço a cabeça.

— Você tem razão, vou ligar agora mesmo para providenciar tudo isso o mais rápido que puder… — Ele começa a falar sem parar, ele está entusiasmado com o que tem para fazer agora.

— Claro que tenho, mas acho que poderia fazer essas ligações amanhã assim que chegarmos na empresa, uma coisa muito importante que temos que pensar agora é onde ela vai dormir? — Tenho medo de deixá-la sozinha em um quarto, vejo ele largando o celular.

— O que você tem em mente? — Acho que ele não vai gostar muito do que pensei.

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