Emily Harris O que posso dizer para aquela pequena menina de olhos tão azuis como uma piscina, percebo que não é apenas uma pergunta e um pedido ali, nos nunca estamos preparados para nos despedir de quem amamos e principalmente de quem nos deu a vida. Noah fitava-me tão apavorado quanto estava agora, mas o que poderia dizer para aquela menina que estava com os olhos cheios de lágrimas e sentia uma dor tão intensa em seu pedido? Nunca me negaria a ser a mamãe dela, não por que ela é filha do Noah, mas por que é impossível não se apaixonar pela criança que surgiu escondida e depois se mostrou tão carinhosa. Como se ela soubesse que precisa aprender a conviver com o seu novo papai, sabemos que a sua mãe começou a explicar para ela o que iria acontecer, mas mesmo assim uma criança nunca está preparada para dizer adeus e ficar sozinha. — Princesa, eu sempre estarei aqui para ajudar o seu pai com você e se quiser me chamar assim depois não vou achar ruim, na verdade, será uma honra ser a sua mamãe. — O sorriso dela fica maior ainda. Ela se agarra ao meu pijama e nos cobrimos. Retomo a leitura da história do patinho feio até que percebo que ela estava dormindo. Ajeito-me na cama para que eu possa dormir também, mas tem um homem com um olhar quente para mim e não consigo me libertar dele. — Como planeja fazer alguma coisa com ela aqui na cama, se aquieta. — Ele murcha no seu lado da cama, mas como a cama é muito grande puxo ela um pouco mais para perto de mim e coloco vários travesseiros do lado e vou para o outro lado onde o Noah me agarra pela cintura. — Noah como faremos amanhã, temos diversas reuniões… — Fico pensando, não tenho coragem de deixar ela com qualquer pessoa. — Faremos assim, peço para a senhora Mary ficar de olho nela, enquanto vamos para as reuniões, até que consiga contratar uma babá para ela. — Acho que a senhora Mary não vai ter pique para ficar com ela. — O que você acha de vocês dois ficarem nas reuniões e eu procuro uma babá para ela, se não, for algo que lhe cause alguma inconveniência. — Ele começa a rir e uma mão boba começa a entrar no meu pijama. — Noah não podemos, ah… — Fecho os olhos e sinto meu prazer se formar em seus dedos mágicos que agora estava no meu clitóris, agarro na sua camisa e tento controlar o gemido. — Não faça barulho, nossa filha está dormindo aí do lado. — Safado, quando eu retrucar alguma coisa ele intensifica seus movimentos e gozo em seus dedos, me deixando mole e bastante relaxada, ele tira seus dedos de dentro de mim e põe na boca para provar meu sabor. — Precisamos ir com calma com essa história de filha, não sabemos o nosso futuro. — Ele faz um carinho em meu rosto e beija meus lábios com suavidade. — Sei que você quer calma, mas minha vida acabou de dar uma reviravolta e tenho fé que você esteja comigo nesse momento. — Seu olhar sincero me desmonta completamente, sei que ele espera algo a, mas de mim, só não sei se estou pronta. Mas isso não significa que não percebi todas às vezes que ele fez parecer que somos mais que apenas uma transa e sei que realmente deixamos de ser uma foda casual, mas ainda não sei em que pé estamos. — Noah, amanhã tenho que ir para casa, assim vocês podem se divertir sozinhos… — Ele nem me deixa falar, começa a negar com a cabeça. — Não, amanhã vamos deixar ela com a mãe, acho que a Maribel quer passar um tempo com ela antes que se vá. — Ele fala, mas baixinho para que não a acordemos. — Vamos descansar que amanhã será um dia bem agitado para todos nós. — Ele beija a minha testa e seguro seu rosto para que possa beijar seus lábios. — Você tem conseguido fazer com que eu me envolva demais. Você também, Noah, fico sem coragem de responde a ele, acabamos caindo no sono. Pela manhã acordo e percebo que a Larissa não estava onde havia deixado olho para trás e ela estava agarrada ao pai que dormia tranquilamente com uma mão sobre o seu corpo, aproveito que meu celular estava perto e tiro uma fotografia para deixar registrado esse momento. Me levanto devagar da cama e decido ir tomar meu banho e me arrumar par ao dia do trabalho, quando estava pronto saio do closet e vou até o quarto onde deixei as coisas da Larissa, separo tudo o que ela precisará para hoje. — Preciso preparar o café dela, não vou deixar ela tomar café preto de máquina como acredito que seja o do Noah. — Desço a escada silenciosamente e me lembro que ele tem uma empregada que está recolhendo a bagunça que os dois fizeram. Me assusto com a presença dela, fico rindo do que ela deve estar pensando sobre a caixa de bonecas, quero ver o Noah se explicar sobre a Larissa. — Desculpa, esqueci que você estava aqui, ia descer para preparar o café. — Ela olha para a mesa e mostra que tudo estava preparado com fartura na mesa, tem coisas ali que a princesa pode comer, fico até aliviada, dou um sorriso meigo e volto pela escada para o quarto. Antes de entrar ouço a conversar dos dois: — Papai, eu sei que a minha mamãe vai virar estrelinha em breve e que não iremos mais ficar juntas. — Consigo perceber que a sua voz estava triste, talvez até mesmo um pouco chorosa. — Vou ligar para a sua mãe e dizer que quer ficar com ela. — Eles ficam calados e continuo ali intrusa nessa conversa. — Não, papai, quero conhecer onde vocês trabalham, minha mamãe Emy vai, não é? — Coloco uma mão no meu peito e uma alegria cresce dentro de mim toda vez que ouço ela me chamar de mamãe. — Vai, sim, ela deve estar arrumando alguma coisa para não estar na cama, agora vamos parar com essa tristeza… — Entro no quarto no momento que eles iam começar a pular na cama e olho feio para os dois que começam a rir. — Ainda na cama, passa para o banho os dois ou chegaremos atrasados no primeiro dia de trabalho da Larissa na Walker Corporation. — Começo a rir com eles, me aproximo da cama e a pego no colo. — Bom dia, meu amor, dormiu bem? — Ela me abraça e beija a minha bochecha. — Eu não ganho bom dia. — Noah se aproxima cheio de fogo, e começo a rir dele. — Bom dia, Noah, vou dar banho nela, no outro banheiro e volto para o quarto para esperar você se arrumar. — Ele estreita os olhos e me aproximo dele e dou um selinho. — E não demore, ela tem que tomar café da manhã. Depois de alguns minutos estávamos todos prontos para descer, ando um pouco mais atrás segurando a minha bolsa e a mochila da Larissa e a reação da governanta é engraçada. — Fabíola, essa é a Larissa. Como pode ver, ela é minha filha. Ela virá morar aqui conosco em breve. A Maribel e o marido dela, o Willian, sempre estarão aqui em casa, então, se ela aparecer, pode recebê-la. — A governanta dá, um sorriso para a pequena e outro para mim e se despede me chamando de senhora, reviro os olhos, isso vai dar trabalho. Após tomar o café, é hora de ir para a empresa. Dessa vez, vamos de motorista com um carro maior. Entrei no carro e ela, muito curiosa, começou a querer saber para que serve cada um dos botões que havia ali dentro. Noah tenta explicar tudo para ela, mas logo chegamos ao subsolo da empresa. Dessa forma, evitaremos muito assédio e preservaremos a imagem dela. Quanto menos pessoas souberem, melhor. Assim que chegamos no andar da presidência e olhamos para a senhora Mary e os olhos dela caem sobre a menina que estava com um vestido até o joelho e meia calça preta e o mesmo sapatinho, o seu sorriso fica enorme. — Senhora Mary, essa é a Larissa, minha filha com a Maribel, preciso que providencie uma agência de babá, tivemos que a trazer hoje por que não confiamos em ninguém. — Ela meneia a cabeça e vamos entrando todos juntos na sala. Ela começa a passar a agenda de reuniões que teríamos hoje, enquanto vou com a Larissa para o sofá e brinco um pouco com ela de desenhar. — Senhorita Emily pode ir para a reunião que cuidarei dela, se tiver algum problema envio uma mensagem para o celular do senhor Walker. — Olho para o Noah que confirma com a cabeça e fico mais despreocupada. — Assim que agência de babá responde por me chamar que venho conhecer ela, isso se alguém aparecer para a vaga ainda hoje. — Noah começa a rir. — Claro que vai, senhora Mary pode anunciar o pagamento três vezes acima do normal. — Ela concorda e sai da sala. Enquanto o Noah organiza a sua mesa para o trabalho, chamo a Larissa e ela vem toda saltitante, atrás de mim até a minha sala. Organizo tudo que preciso e ela decidi em ficar na minha sala porque tinha uma TV e queria assistir desenho, agora como faço para essa TV ligar em uma emissora, Noah aparece na porta e me chama para ir. — Pode ir senhorita, resolvo isso aí com a princesinha, não é mesmo Larissa. — Ela concorda com a cabeça e senta comportadinha na minha cadeira e fica girando. Assim que entramos na sala vazia, Noah puxa uma cadeira ao seu lado e me sento, começo a olhar todos os documentos na minha frente e já tenho mais ou menos uma ideia do se trata. — Não precisa ficar nervosa, eles não mordem apenas eu, mas tarde pode ter certeza que te morderem toda. — Sinto a sua mão entrando pela fenda do meu vestido e se não fosse pelo primeiro acionista entrar ele teria chegado a minha calcinha. Recupero a minha postura seria, já que estava quase ofegante com a tensão que meu chefe sempre consegue fazer, em pouco tempo a sala estava lotada e dessa vez até a Emma compareceu no lugar do diretor do jurídico. A reunião foi proveitosa. A equipe concordou com as ideias apresentadas pelo Noah. Respirei aliviada, sabendo que os planos são ótimos e, com toda certeza, trarão um bom retorno. Pouco antes de terminar, recebi uma mensagem da Mary, informando haver três possíveis babas na recepção. Noah fez-me esperar um pouco, uma vez que estávamos quase finalizando a reunião. Depois que tudo estava concluído, Mike e Emma ficam para trás e esperamos todos sair, e vamos para a minha sala. — Quero apresentar vocês a Larissa, minha filha. — Noah apresenta a menina que corre para os meus braços. Vemos os dois surpresos, se era pelo fato da menina ser uma cópia do Noah, ou se era pela aproximação que ela criou comigo. Minha preocupação é apenas com o que a Emma falará.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
Muito bom,posta mais...
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