Emily Harris
Ficamos um tempo com ela no hospital, Noah tinha que voltar para a empresa, teríamos uma reunião em uma hora, precisei praticamente enxotar ele do hospital, o médico disse que ela precisava ficar apenas mais duas horas de observação.
Então para que ter dois pais aqui, ele por fim se deu por vencido e retornou para a empresa, pelo menos um dos pais tinha que ganhar dinheiro nessa casa.
Antes que ele se fosse percebi os olhares que o Antony deu para a Camille, pelo jeito ele estava com ciúme e ela apenas revirou os olhos para ele, segurei uma risada e me aproximei da minha filha que agora estava assistindo algum desenho no tablet dela.
Assim que eles se foram, me levantei e fui até a cafeteria pegar um café, quando começo a andar, me lembro de um detalhe e xingo meu noivo mentalmente.
“Filho de uma mãe, ele ficou com a minha calcinha”.
Após as duas horas fomos liberadas e chamo o Antony para nos levar para casa.
Quando entramos no carro presto atenção na interação daqueles dois, olho para a Camille que não olhou para ele em nenhum momento, e sei que ele estava ansioso, pela quantidade de vezes que ele já passou a mão no cabelo, tenho a impressão que ele bufou de raiva, não aguentei e soltei uma risada que assustou a todos.
— O que foi, não posso achar uma situação divertida? — Pergunto quando percebo três pares de olhos me encarando.
Assim que chegamos a nossa casa chamo a Camille para conversar, Larissa estava brincando com as suas bonecas na sala e disse que logo a Camille iria se divertir com ela.
— Não me enrola, o que está acontecendo entre vocês dois? — Estávamos na cozinha, me sentei em uma banqueta e fiquei olhando a babá da minha filha começando a ficar vermelha de vergonha e Fabíola começou a rir.
Sabia que alguns anos atrás eles dois tiveram algo, mas ela não queria nada sério e agora são grandes amigos.
— Nada senhora… somos apenas amigos. — Ela fala de cabeça baixa e começo a rir com a Fabíola.
— Amigos não é, sabe Fabi hoje no hospital, se ele pudesse dar umas palmadas nela ele teria dado. — Como minha maçã tranquilamente.
— Sabe que se ficar mentindo e escondendo seus sentimentos vai ser pior, não é? — Fabíola fala para ela que nos olha e solta um suspiro pesado, anda um pouco mais na nossa direção.
— Ele quer namorar, mas eu não fui criada assim… — Ela começa a unir as mãos e encaixar elas e entendo o que ela quer dizer.
— Espera aí, você está me dizendo que ainda é virgem? — Minha babá começa a ficar vermelha outra vez, Fabíola olha para mim e percebemos quando ela deixa uma lagrima escorrer.
— Sabe senhora, eu não tive uma mãe presente, na verdade, as pessoas que deveria chamar de família nunca se importaram comigo, no dia que fui para aquela entrevista já estava com quase um mês que estava morando nas ruas e sou tão agradecida por aquela garotinha tenha gostado de mim. — Ela olha para a Larissa que sorri para ela e volta a brincar.
— Camille, se não está pronta, apenas sinalize para que ele saiba, não me importo que vocês dois tenham um relacionamento, com tanto que não interfira na sua função e nem ele na dele. — Digo de forma mais séria para ela, decido mudar de assunto e digo para ela ir lá com a Larissa.
— Fabíola, você sabe me dizer se tem material para uma lasanha de frango? — Estou com fome e mal toquei no nosso almoço e imagino que o Noah também esteja.
— Você vai cozinhar hoje? — A muito custo consegui convencer elas a me chamar de você ou de Emily.
— Sim, vou apenas tomar um banho e vestir algo mais confortável. — Me lembro que ainda estou sem calcinha.
Ela assente e começa a organizar tudo em cima do balcão e vou caminhando para a sala.
— Filha, mamãe vai tomar um banho e a Camille vai te ajudar com o seu. — Ela sorri, se levanta e sobe junto comigo de mãos dadas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: SUA ESTAGIÁRIA
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